quarta-feira, 22 de abril de 2020

Coronavírus em Fortaleza: 75% dos leitos de UTI estão ocupados

Município com o maior número de casos (3.018) e óbitos (176) pelo novo coronavírus no Ceará, Fortaleza está com 75% da sua capacidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19 ocupada. A informação foi divulgada pelo governador Camilo Santana (PT) durante transmissão ao vivo em seu Facebook na noite desta terça-feira, 21.
Considerando os 186 novos leitos de UTI abertos pelo Governo do Estado exclusivamente para tratamento da Covid-19, 137 encontram-se ocupados. Ao todo, 306 novas unidades de alta complexidade foram ativadas para combater o avanço da pandemia. Cerca de 600 enfermarias também foram abertas, considerando hospitais de campanha e anexos à unidades de saúde já existentes.
"No final da semana passada, quando estávamos chegando no limite da capacidade do sistema, principalmente em Fortaleza, estávamos com 253 leitos. Em cinco dias implantamos uma média de 10 leitos por dia", pondera Camilo Santana.
A expectativa, de acordo com o chefe do Executivo estadual, é chegar a 556 leitos de UTI abertos até o próximo mês. Edital de chamamento de mais profissionais de saúde já foi encaminhado pelo EstadoOs entraves na vinda de 700 respiradores comprados pelo Governo na China tem atrapalhado a preparação de mais leitos.
"Ontem mesmo conversei com a Secretaria de Governo Federal e com o consulado da China para trazermos a remessa de respiradores compradas pelo Governo Estadual. Estamos articulando o necessário para garantir essa remessa porque há uma disputa internacional por esses equipamentos", afirmou o governador durante live nesta terça-feira.
o povo

Contágio propaga-se a todas as regiões da Bolívia em pouco mais de um mês

O coronavírus está presente em todas as regiões da Bolívia incluindo em Beni, na Amazónia, que há cerca de um mês tinha anunciado o fim da doença nesta região, indicaram hoje as autoridades.
O último relatório do Ministério da Saúde indica 598 casos de covid-19 e 34 mortos, após a confirmação dos primeiros casos positivos em 11 de março.
A região amazónica de Beni, junto à fronteira com o Brasil, não tinha registado casos confirmados desde então, mas o último relatório incluiu dois positivos, sem óbitos.
Beni é um dos departamentos (províncias) mais extensos da Bolívia com 213.500 quilómetros quadrados, mas dos menos povoados, com cerca de 400.000 habitantes (menos de dois habitantes por quilómetros quadrado).
Após serem revelados os primeiros casos de infeção, a Bolívia desencadeou diversas medidas para evitar contágios.
Entre as decisões adotadas, incluem-se centro de vigilância para detetar casos suspeitos, controlos estritos na fronteira com o Brasil e nos acessos a outras regiões vizinhas da Bolívia.
Outra situação preocupante ocorre na região andina de Oruro, que durante várias semanas conteve os contágios com medidas de quarentena de seguida impostas a nível nacional, mas que subitamente passou dos oito casos que se mantiveram durante mais de 15 dias para 49 pessoas infetadas, incluindo duas mortes.
A maioria dos casos positivos concentram-se em Santa Cruz, a região mais povoada, com 12 mortos e 317 infetados, seguida de La Paz, também com 12 óbitos e 134 casos confirmados.
A Bolívia declarou o estado de emergência sanitária até 30 de abril, com uma quarentena que restringe as saídas de casa e a circulação de veículos, para além do encerramento das fronteiras e do espaço aéreo, com raras exceções.
O governo interino do país anunciou que estas medidas poderão ser flexibilizadas em diversas regiões e dependentes da evolução da doença, mas diversas localidades têm sido progressivamente isoladas e reforçada a presença militar e policial, incluindo nas principais cidades (La Paz e Santa Cruz), para controlar a imposição da quarentena.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Por regiões, a Europa soma mais de 106 mil mortos (1,2 milhões de casos), os Estados Unidos e o Canadá mais de 44 mil mortos (mais de 824 mil casos), a Ásia mais de sete mil mortos (mais de 172 mil casos), o Médio Oriente quase 5.700 mortos (cerca de 130 mil casos), a América Latina e Caribe mais de 5.300 mortos (quase 110 mil casos), África 1.161 mortos (mais de 23 mil casos) e a Oceânia com 91 mortos (cerca de oito mil casos).

Policial militar é morto em tentativa de assalto no Bairro de Fátima

Um policial militar do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque) foi morto na noite desta terça-feira (21) durante tentativa de assalto no cruzamento da Rua Napoleão Laureano com Avenida 13 de Maio, no bairro de Fátima, em Fortaleza. O sargento Carlos Alberto de Figueiredo Júnior, 45, foi baleado na cabeça, chegou a ser levado para o Instituto Doutor José Frota (IJF), mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com policiais que atenderam a ocorrência, o PM chegou no veículo com a esposa e estacionou para ir ao supermercado. Criminosos chegaram em outro carro, um Toyota Corolla e anunciaram o assalto. 
Um dos assaltantes atirou ao perceber que a vítima era policial. A mulher não ficou ferida. Até a publicação desta matéria nenhum suspeito pelo crime havia sido preso.
A Polícia Militar do Ceará publicou nota de pesar pela morte do sargento e afirmou que “o Comando da Corporação se solidariza com a dor dos familiares e amigos, ao tempo em que coloca o aparato da Instituição à disposição”.

DN

Restaurantes e hotéis, em Portugal, pedem prolongamento de apoios na fase da retoma

O vice-presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Carlos Moura, defendeu hoje o prolongamento das medidas de apoio às empresas, como o ‘lay-off’ simplificado, durante a fase gradual da retoma da atividade económica.
“Não é possível fazermos uma retoma que pode acontecer, em algumas circunstâncias, até no final de maio [...] se não houver manutenção de alguns apoios para que as empresas sobrevivam e não tenham de fazer despedimentos por extinção de postos de trabalho ou despedimentos coletivos”, disse o dirigente da AHRESP.
Carlos Moura falava à saída de uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, que recebeu em São Bento, Lisboa, representantes do setor hoteleiro e da restauração para falar sobre a retoma da economia após a crise causada pela pandemia covid-19.
O prolongamento das medidas justifica-se com o facto de a retoma ser feita de forma gradual e sob determinadas condições, mais limitadas para as empresas, o que fará com que se mantenha uma quebra do volume de negócios, sustentou o responsável.
“Obviamente tem de haver ainda prolongamentos de alguns mecanismos como o ‘lay-off’ simplificado, seja este regime ou um adequado às circunstâncias”, defendeu Carlos Moura.
A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, disse que as reuniões -- que ocorreram também com representantes dos hotéis - serviram sobretudo para ouvir o setor sobre “as normas que devem prevalecer numa fase próxima de reabertura e transição para uma nova normalidade”.
“Da reunião resultou uma reflexão alargada sobre as normas que deverão vigorar nesta nova fase”, disse Rita Marques.
A governante lembrou que no caso dos hotéis não houve uma decisão de encerramento compulsivo, ao contrário do que aconteceu com a restauração, adiantando que “não foi fixada nenhuma data” para a reabertura da atividade.
O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Raul Martins, disse hoje que a maioria dos hotéis poderá começar a reabrir em julho e que está a ser preparado um selo de garantia para dar confiança aos clientes.
“A hotelaria portuguesa pensa que poderá começar a reabrir em julho, provavelmente alguns hotéis ainda em junho, e naturalmente com todos os cuidados e todas as garantias sanitárias”, afirmou Raul Martins à saída da reunião com o primeiro-ministro.

Casos de Covid-19 no Equador dobram a cada semana e passam de 10.000

Em um cenário de sistema de saúde sobrecarregado e de setor funerário em colapso, o Equador registrou nessa terça-feira, 21, mais de 10.000 casos de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. O total de contaminados dobra a cada semana no país sul-americano.
O Equador registrou seu primeiro caso de coronavírus no dia 29 de fevereiro e demorou 24 dias para chegar a 1.000 casos, sete dias para alcançar 2.000, mais oito dias para dobrá-los para 4.000 e outros oito dias para alcançar 8.000 contaminados.
Ao todo, o país registra 10.128 infectados e 507 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Mas o governo suspeita que outras 82 pessoas morreram devido à doença respiratória. A causa da morte nesses casos, no entanto, nunca foi confirmada.
O governo enfrenta dificuldades para impor as medidas de prevenção em vigor há um mês e, apesar dos casos registrados entre as pessoas que estão em isolamento domiciliar serem considerados estáveis, pessoas infectadas foram flagradas circulando pelas ruas e shopping centers.
“Somente se as pessoas cumprirem este isolamento de uma maneira disciplinada e comprometida, nós conseguiremos conter o contágio”, disse o vice-ministro da Saúde, Xavier Solórzano, à imprensa.

Brasil tem 43.079 casos e 2.741 mortes por covid-19, diz Ministério da Saúde

A covid-19 matou 166 pessoas nas últimas 24 horas no país, elevando o total de vítimas fatais da doença a 2.741, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde. O total de casos confirmados no Brasil chegou a 43.079, o que significa uma taxa de letalidade de 6,4%.
De acordo com os dados, a região Sudeste é a mais afetada, com 1.632 mortes e um total de 23.133 casos confirmados. E, dentre os Estados brasileiros, São Paulo detém o recorde de mortes, 1.093, e de casos, com 15.385. O Rio ocupa o segundo lugar nesses dois rankings, com 461 mortes e 5.306 casos confirmados.
A região Nordeste é a segunda mais afetada pela covid-19, com 10.868 casos e 681 mortos. A situação é mais preocupante em Pernambuco, com 2.909 casos e 260 mortes, e Ceará, com 3.716 casos e 215 mortes.
A Região Norte vem em seguida, com 4.431 casos e 260 mortos pela doença causada pelo coronavírus. Desse total, o Amazonas é responsável por 2.270 casos e 193 mortes.
O Sul tem 2.291 casos, distribuídos de maneira equilibrada entre seus três Estados. Porém, das 113 mortes registradas na Região, 51 ocorreram no Paraná.
Em Santa Catarina, houve 35 mortes e no Rio Grande do Sul, 27. No Centro-Oeste, 1.656 pessoas testaram positivo para a doença, com 55 mortes. O Distrito Federal teve 881 casos, com 24 mortes. Goiás registrou 421 casos e 19 mortes.

Brasil é o segundo país com mais pacientes graves do novo coronavírus

O Brasil é o segundo país com mais pacientes da infecção respiratória covid-19 em estado grave, segundo o site Worldometer, que compila os dados referentes à pandemia do novo coronavírus. Dos 15.235 pacientes atualmente doentes, 8.318 estão em condição crítica. No mundo, somente os Estados Unidos têm mais pacientes em estado grave: 13.951.
Os números foram atualizado pela última vez na tarde de ontem, a partir de informações do Ministério da Saúde. No total, o Brasil já registrou 40.814 casos, com 22.991 pacientes recuperados e 2.588 mortos. A taxa de letalidade no país está em 7%. Os Estados Unidos contam um total de 802.159 casos da covid-19, com 43.495 mortes e 72.985 pacientes recuperados.
Os especialistas em saúde pública ponderam que as estatísticas no Brasil devem estar mostrando um quadro melhor do que a realidade, porque o país é um dos que menos testam a popualação para o novo coronavírus: 1.373 a cada 1 milhão de habitantes. Nos Estados Unidos, são 12.315 testes por 1 milhão de pessoas.

Estado americano processa líderes da China por resposta à COVID-19


O estado americano do Missouri abriu nesta terça-feira (21) um processo contra os líderes chineses por sua conduta na gestão da pandemia da COVID-19, buscando reparação por danos causados.
“O governo chinês mentiu para o mundo sobre o perigo e a natureza contagiosa da COVID-19, silenciou os denunciantes e fez pouco para impedir a propagação da doença”, afirmou o procurador-geral do Missouri, Eric Schmitt.
“Eles (líderes) devem ser responsabilizados por suas ações”, declarou.
A primeira ação judicial desse tipo ocorre em meio a pedidos no Congresso dos Estados Unidos para punir a China e a uma campanha do presidente Donald Trump para responsabilizar Pequim, enquanto o próprio presidente é criticado ele próprio pelo tratamento da crise.
O Missouri, um estado no centro do país governado pelo Partido Republicano de Trump, entrou com uma ação judicial em um tribunal federal, alegando uma quantidade não especificada de danos e uma ordem judicial sobre as ações prejudiciais da China, que supostamente incluem acúmulo de equipamento de proteção.
As chances de êxito do processo são pequenas, já que a lei americana, sob o princípio da imunidade soberana, geralmente proíbe ações legais contra governos estrangeiros.
O Missouri abordou a questão processando as autoridades do Partido Comunista, argumentando que não é formalmente um órgão do estado chinês.
Citando uma estimativa de que o Missouri pode perder dezenas de bilhões de dólares devido ao vírus e medidas para impedir sua disseminação, o processo acusa o Partido Comunista Chinês de agir em “desrespeito deliberado, intencional e imprudente contra direitos do Estado e de seu povo”.
Trump e Joe Biden, seu rival democrata nas eleições presidenciais de novembro, acusam o dedo a China pela pandemia, refletindo a opinião pública, conforme uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, que indica que 66% dos americanos têm uma opinião ruim de Pequim.
Os Estados Unidos são agora o epicentro da pandemia de coronavírus, com mais de 42.000 mortos e 784.000 infectados.
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