O vice-presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Carlos Moura, defendeu hoje o prolongamento das medidas de apoio às empresas, como o ‘lay-off’ simplificado, durante a fase gradual da retoma da atividade económica.
“Não é possível fazermos uma retoma que pode acontecer, em algumas circunstâncias, até no final de maio [...] se não houver manutenção de alguns apoios para que as empresas sobrevivam e não tenham de fazer despedimentos por extinção de postos de trabalho ou despedimentos coletivos”, disse o dirigente da AHRESP.
Carlos Moura falava à saída de uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, que recebeu em São Bento, Lisboa, representantes do setor hoteleiro e da restauração para falar sobre a retoma da economia após a crise causada pela pandemia covid-19.
O prolongamento das medidas justifica-se com o facto de a retoma ser feita de forma gradual e sob determinadas condições, mais limitadas para as empresas, o que fará com que se mantenha uma quebra do volume de negócios, sustentou o responsável.
“Obviamente tem de haver ainda prolongamentos de alguns mecanismos como o ‘lay-off’ simplificado, seja este regime ou um adequado às circunstâncias”, defendeu Carlos Moura.
A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, disse que as reuniões -- que ocorreram também com representantes dos hotéis - serviram sobretudo para ouvir o setor sobre “as normas que devem prevalecer numa fase próxima de reabertura e transição para uma nova normalidade”.
“Da reunião resultou uma reflexão alargada sobre as normas que deverão vigorar nesta nova fase”, disse Rita Marques.
A governante lembrou que no caso dos hotéis não houve uma decisão de encerramento compulsivo, ao contrário do que aconteceu com a restauração, adiantando que “não foi fixada nenhuma data” para a reabertura da atividade.
O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Raul Martins, disse hoje que a maioria dos hotéis poderá começar a reabrir em julho e que está a ser preparado um selo de garantia para dar confiança aos clientes.
“A hotelaria portuguesa pensa que poderá começar a reabrir em julho, provavelmente alguns hotéis ainda em junho, e naturalmente com todos os cuidados e todas as garantias sanitárias”, afirmou Raul Martins à saída da reunião com o primeiro-ministro.
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