sábado, 31 de janeiro de 2015

Cearáportos levanta os prejuízos no Pecém

A Cearáportos, empresa administradora do Porto do Pecém, está elaborando um levantamento apontando todos os impactos do cancelamento da refinaria Premium II para o terminal portuário. Segundo o diretor de Infraestrutura e Desenvolvimento Operacional da companhia, Waldir Frota, o documento deverá estar pronto até a próxima quarta-feira, para ser entregue ao governador Camilo Santana.
"O trabalho que já estamos produzindo irá mostrar os aspectos negativos e os prejuízos presentes e futuros que o Porto do Pecém vai sofrer com a desistência da Petrobras no projeto da unidade de refino no Ceará", explica Frota. De acordo com ele, o documento apresentará os impactos operacionais que o porto enfrentará sem a refinaria, uma vez que já vinha tendo sua infraestrutura preparada para o recebimento da unidade de refino.
"Vamos falar sobre questões ligadas à ampliação do porto, movimentação de cargas, que será reduzida em relação que projetávamos, o recebimento de produtos ligados a refinaria, entre outros", adianta.
Em construção
Atualmente, o Porto do Pecém está com obras avançadas de ampliação do seu Terminal de Múltiplos Usos (Tmut), que está sendo realizada, principalmente, para dotar o porto da infraestrutura necessária para receber a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Entretanto, parte das ações também estão voltadas para a refinaria Premium II, como a construção de uma ponte de acesso, de 1.560 metros, e da ampliação do quebra-mar já existente em mil metros, que é por onde passaria a tubovia que seria instalada para o transporte de petróleo para a refinaria.
Esta segunda etapa de ampliação do porto está orçada em R$ 568,7 milhões e tem previsão de estar pronta em 2016. Cerca de 300 operários estão envolvidos atualmente na obra que, quando concluída, fará com que o porto passe a contar com nove berços de atracação.
Terceira expansão
Antes mesmo de essas obras terminarem, já foi elaborado um novo plano de ampliação do porto, que custou ao Governo do Estado um investimento de R$ 4,8 milhões e foi elaborado pelo consórcio formado pelas empresas Ram Engenharia e Planave Estudos e Projetos. O projeto prevê a expansão e adequação do terminal portuário, de forma a prepará-lo para a implantação da superestrutura que viabilizará as operações com petróleo e derivados líquidos e outras cargas do gênero, advindos da implantação da refinaria da Petrobras, conforme a Seinfra.
O governo previa que as obras da terceira expansão tivessem início em 2017, e a Seinfra já havia iniciado as tratativas com o Ibama para a aquisição da licença ambiental para as intervenções. O custo orçado nesta expansão seria de R$ 1,3 bilhão e estava prevista a criação de um quebra-mar com cerca de 2.800 metros, estrutura que permitiria a instalação de cinco berços para atender à refinaria, além de outros dois berços para utilização da ferrovia Nova Transnordestina. Os planos, agora, deverão ser readaptados.

dn

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