segunda-feira, 25 de junho de 2018

Meteoro avistado em Icó foi o quinto registrado no Ceará

O objeto espacial que perfurou a atmosfera terrestre sobre o Ceará na noite da última quarta-feira, 20, foi o quinto registrado no território do Estado em mais de um século. De acordo com a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), na Universidade Estadual do Ceará (Uece), o meteoro entrou na atmosfera por volta das 23h10min, sobre Jaguaretama, a 247 km de Fortaleza, e se extinguiu em Icó, a 361 km. O relato mais antigo de ocorrência do tipo pelos cearenses data de 1909, segundo o livro Breve histórico dos meteoritos brasileiros, de Maria Elizabeth Zucolotto. 

A pesquisadora compila casos do tipo nos municípios de Parambu, a 406 km de distância da Capital, e de Campos Sales, a 511 km. Em Crateús, a 354 km, a primeira queda de meteoro registrada oficialmente foi em 1909. O mesmo município foi “alvo” de objeto espacial 49 anos depois. Outro registro data de 1964, em Parambu. Já em Campos Sales o caso é mais recente, em 1991. 
No caso mais recente, as equipes de monitoramento ainda realizam buscas em Icó de rastros no solo da queda do objeto. O bloco rochoso entrou na atmosfera terrestre com velocidade de 17,66 km/s, e percorreu 117,1 km em oito segundos, conforme a Bramon. Moradores dos municípios de Jaguaretama, Icó, Iguatu e Orós afirmam ter visto o momento e relatam ter ouvido o barulho de explosão.

Conforme Lauriston Trindade, membro da Bramon e administrador da estação em Maranguape, não é comum meteoros resistirem à entrada na atmosfera. Contudo, no caso da última semana, ele entrou lento e conseguiu resistir mantendo um tamanho visível pela população. "Geralmente meteoros são muitos pequenos, do tamanho de um grão de arroz. Porém, quando têm uma massa maior, podem resistir e chegar até o solo”, explicou. 

Quatro estações da Rede registraram o episódio: duas na Paraíba (em Campina Grande e João Pessoa) e duas no Ceará (em Maranguape e Iguatu). As estações cearenses acompanharam apenas o início do meteoro, e a estação de Campina Grande apenas o fim. A estação de João Pessoa, a quase 500 Km de distância, registrou todo o percurso.

o povo

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