Após três episódios de exposição de dados relacionados a chaves Pix em seis meses, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu que, em meio ao crescimento exponencial do mercado de dados, vazamentos no geral vão ocorrer com alguma frequência. A declaração foi dada durante evento da Esfera Brasil, em São Paulo.
Assim como nas comunicações dos incidentes, Campos Neto também
argumentou que os vazamentos no âmbito do Pix "não são tão relevantes",
porque não envolvem dados sensíveis, embora essa correlação não
necessariamente seja verdadeira, segundo a diretora da Autoridade
Nacional de Proteção de Dados (ANPD), Nairane Rabelo Leitão.
"Como mercado de dados vai crescer exponencialmente, vazamentos vão
ocorrer com alguma frequência. Não querendo banalizar os vazamentos.
Vamos atacar todos os vazamentos, para que seja o mínimo possível. Mas é
importante entender que os vazamentos de dados do PIX não são tão
relevantes, não são dados sensíveis", disse, citando que dados como
nome, CPF e telefone são mais "abertos".
Campos Neto ainda disse que o BC tem comunicado "100% dos vazamentos de dados envolvendo o Pix". A autarquia, contudo, informou que não deve mais comunicar diretamente à imprensa quando houver incidentes, já que a página criada para o BC para divulgação dos casos será atualizada constantemente.
Vazamentos sem danos
O presidente do BC ainda argumentou que os vazamentos não são
exclusividade do Pix e acontecem também em empresas de cartões e de
telecomunicações, por exemplo. "Pessoa em poder de dados vazados só pode
depositar dinheiro para donos das chaves. Nenhuma pessoa sofreu nenhum
tipo de dano por esses vazamentos de dados no Pix", garantiu.
Sobre as novidades no sistema de pagamentos instantâneos, Campos Neto
disse que o BC deve anunciar em breve no grupo de funcionalidades,
incluindo a parte internacional. "O PIX vai para nível 5G e smart
contracts." Campos Neto participou de evento da Esfera Brasil, em São
Paulo.
dn
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