Moisés Soares, de Caucaia, recomeçou sua trajetória profissional após participar do programa Aprendiz PCD da CSP
Em 21 de setembro, celebramos, no Brasil, o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (Lei nº 11.133/2005). Todos os dias, milhões de brasileiros que possuem alguma deficiência lidam com barreiras. De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 8,4% da população brasileira acima de dois anos – o que representa 17,3 milhões de pessoas – tem algum tipo de deficiência. Quase metade dessa parcela (49,4%) é de idosos. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, divulgada em agosto de 2021.
A busca por garantir a acessibilidade e a inclusão social é um dever de todos. Cada proprietário de imóvel, por exemplo, pode cooperar com a manutenção de calçadas adequadas e sem obstáculos. E, no mercado de trabalho, é necessário que as oportunidades sejam crescentes, em prol da liberdade e da autonomia desses cidadãos.
Na Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), o Moisés Soares da Silva, de 42 anos, encontrou um recomeço para a sua trajetória profissional. Ele mora em Caucaia e trabalha na siderúrgica há um ano. Ele entrou na empresa por meio do programa Aprendiz Pessoa com Deficiência (PCD) e foi efetivado para o cargo de assistente técnico mecânico na Oficina Mecânica da CSP.
Antes de integrar o time da CSP, Moisés trabalhou em outras empresas e ficou desempregado por quase quatro anos. O irmão dele chegou a avisar sobre as vagas para PCDs na CSP, mas ele já se sentia desmotivado e não conseguiu se mobilizar para fazer a própria inscrição. Os familiares o inscreveram e, após 15 dias, a CSP o chamou para participar da seleção, em que ele foi aprovado.
“Não sei nem lhe explicar a alegria”, contou Moisés, que ajuda os pais e os irmãos com seu salário. “O mais interessante de tudo é que vim para uma área que eu já conhecia. A equipe é muito boa e sempre se ajuda. A minha perspectiva agora é de fazer mais cursos para me aprimorar mais e mais e continuar me dedicando”, compartilhou.
Desafio e vitórias de inserir PCD na siderurgia
Ao todo, 126 aprendizes PCDs já concluíram o programa da CSP. Desse total, 34 já foram admitidos para cargos efetivos. A Glauciane Parente, gerente de Treinamento, Desenvolvimento, Recrutamento e Seleção do Recursos Humanos da CSP, conta que o programa de aprendizagem é uma porta de entrada para as novas contratações da CSP. “Durante esse período, o Aprendiz recebe a formação teórica e prática, é acompanhado pelos gestores e preparado para assumir novos desafios na Empresa. Na CSP, buscamos a inserção de PCDs no mercado siderúrgico, através da inclusão dos mesmos no nosso Programa de aprendizagem, sempre respeitando a segurança de todos”, destacou a gestora.
Prêmio “Empresa Completa, Empresa que Inclui”
A CSP recebeu do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), em 2021, o certificado de “Empresa Completa, Empresa que Inclui”. A iniciativa do IDT tem o objetivo de homenagear as empresas que mais incluíram profissionais com deficiência em suas atividades, fortalecendo o compromisso com a inclusão social para o trabalho.
Uma das portas de entrada na CSP é o Programa Aprendiz Pessoa com Deficiência (PCD). Por meio do programa, a CSP oferta os cursos de Operador Siderúrgico e Operador de Manutenção Eletromecânica. O programa conta com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Ceará (Senai-CE), responsável pela capacitação dos jovens aprendizes em parceria com a siderúrgica.
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