O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) disse nesse domingo (14), por meio de suas redes sociais, que não votou contra o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que é a denominação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.
Acompanhado de duas professoras e tradutoras de Libra e de sua mulher Michelle, Bolsonaro afirmou que o projeto teve uma votação simbólica e não nominal e que contestou apenas a inclusão de uma emenda que tratava, segundo ele, dos LGBTs.
“O que tem a ver você criar uma subclasse dentro de pessoas com deficiência só porque é gay, lésbicas, bissexual, transexual ou seja lá o que for. A inclusão é para todo mundo. Não interessa a opção sexual. Nós e um montão de gente votou contra esta deformação do projeto, criando uma classe especial dentro daqueles que têm problema”, acrescentou o candidato.
Família
De acordo com Jair Bolsonaro, “nesta votação o meu voto foi não para que aquela emenda não fosse aprovada. E ponto final”.
Na transmissão ao vivo, uma das tradutoras de Libra informou que há um ano eles estão se reunindo com o candidato e que entregou para Michelle Bolsonaro um documento elaborado pela Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis) com propostas para os deficientes físicos, principalmente nas áreas de saúde e de mercado de trabalho.
Antes da transmissão, o candidato à Presidência da República passou o domingo nublado e com chuva fina em casa, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, ao lado de familiares e sem compromissos de campanha.
Progressão
A movimentação na porta do condomínio foi tranquila. Ocupantes de alguns carros que passavam pela Avenida Lúcio Costa se manifestaram em favor do candidato ao perceberem a imprensa e o policiamento reforçado no local, além de um vendedor ambulante que oferece camisetas de Bolsonaro e bandeiras do Brasil.
Apoiadores também paravam para tirar foto em frente à placa do condomínio e com policiais.
Pelas redes sociais, Bolsonaro também informou que tem um projeto, inspirado nas legislações de algumas cidades americanas, para crimes como furto e roubo, onde não há regime de progressão por dez anos.
“Enquanto estiver roubando ou furtando não tem problema. Vamos esperar matar alguém para prender esse elemento?,” E completou: “Será que furtar vai virar aqui uma forma de trabalho? Porque não tem prisão. Não tem punição”, disse.
Privatizações
No sábado (13), ele havia dito que, caso seja eleito, o plano de privatizações previsto por sua campanha será de inteiro agrado do mercado e que, em princípio, as primeiras estatais que serão alvo de análise para privatização serão as criadas pelos governos do Partido dos Trabalhadores. Segundo ele, as privatizações serão realizadas com responsabilidade.
“Em um primeiro momento, aquelas quase 50 estatais criadas pelo PT e ainda sobram 100. Essas outras têm de ter um modelo para privatizar com responsabilidade. Logicamente que as estratégicas não privatizaremos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica e Furnas, entre outras. Mas, como um todo, tenho certeza que o mercado vai gostar do nosso plano de privatização porque é uma maneira a mais de combater a corrupção e o Estado tem que estar com aquilo que é essencial nas suas mãos, que são as estratégicas.”
Com relação às propostas para a saúde, o candidato pelo PSL disse que prioritariamente é preciso combater a corrupção para que sobrem recursos para serem aplicados em outras áreas. As declarações foram dadas ao deixar a casa do empresário Paulo Marinho, onde gravou o programa político partidário.
(Agência Brasil)