Em tramitação na Câmara Municipal desde 18 de maio, o primeiro financiamento internacional de Caucaia vai ter reflexo direto em um dos setores para os quais a população mais reivindica melhorias. Cerca de 50 milhões de dólares serão investidos em projetos de mobilidade urbana após os vereadores aprovarem o pedido da Prefeitura ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).
Essas ações compõem o Programa de Infraestrutura Integrada (PII), avaliado globalmente em 80 milhões de dólares. Na cotação desta segunda-feira (4/6), isso equivale a R$ 313 milhões. Um montante jamais liberado para qualquer município do Ceará que não seja Fortaleza.
A liberação já foi aprovada pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, e tem o aval de vários senadores e deputados federais. “Isso é de grande importância. Caucaia nunca conseguiu um recurso tão grande quanto esse. A partir do momento em que é feito esse investimento, a cidade muda”, sintetiza o prefeito Naumi Amorim.
A Prefeitura vai aplicar mais de 60% do total de recursos na construção de viadutos e pontes, na qualificação de vias, na criação de corredores de tráfego e na implantação de ciclofaixas. Os projetos vão contemplar diversas regiões caucaienses, notadamente a Sede, o Litoral e a Grande Jurema.
Desta forma, problemas históricos de locomoção serão solucionados. Caucaia terá quatro anos para executar o Programa de Infraestrutura Integrada e 16 anos para pagar o financiamento. “É claro o envolvimento da Prefeitura e dos secretários. E o apoio que a Prefeitura tem. Há muito compromisso com o que vão fazer”, diz o coordenador da missão CAF que esteve em Caucaia em fevereiro deste ano, Santiago Caballero.
A importância da chegada desse recurso já é reconhecida pela população, que comemora a concretização de demandas antigas de mobilidade nunca atendidas e que agora serão, enfim, contempladas. “Graças a Deus que essa obra finalmente vai sair e vão colocar asfalto aqui na Barra Nova”, comemora Miguel Profeta. “Vai ser bom pra todo mundo. Tem muito idoso aqui e a gente tem que andar muito pra pegar ônibus”, acrescenta a dona-de-casa Francileuda Vidal, 36.