segunda-feira, 23 de maio de 2016

Audiência pública discute obras do Anel Viário da Região Metropolitana.

Foto: Marcos Moura. Foto: Marcos Moura.
A Comissão de Viação, Transporte e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa realizou, na tarde desta segunda-feira (23/05), audiência pública sobre a situação das obras de duplicação do Anel Viário da Região Metropolitana de Fortaleza e sobre a manutenção da BR 0-20, no trecho que liga Fortaleza a Parambu.

O primeiro momento da reunião foi requerida pelo deputado George Valentim (PcdoB), em que foi debatida a duplicação do Anel Viário que liga os trechos das CE's 040/060/065 às BR's 116/122, cujas obras estão paralisadas. “O atraso nas obras vem ocasionando, para os cidadãos e empresários, grandes transtornos pela demora na conclusão”, afirmou o parlamentar. Ele destacou a importância das vias na interligação do Porto do Mucuripe com o Porto do Pecém, no acesso a Caucaia, Maranguape e Maracanaú, além de ser fundamental no escoamento da produção do Estado.
Conforme o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Diógenes José Tavares Linhares, há alguns entraves para a conclusão dos trabalhos, que não puderam ser previstos nos primeiros projetos, iniciados em 2010.
O superintendente do Departamento Estadual de Rodovias (DER), Sérgio Fontenele de Azevedo, destacou que o objetivo maior das obras é de facilitar o escoamento de carga. Ele também afirmou que está sendo elaborado anteprojeto para alguns trechos, em que deverão ser feitas pequenas adequações. No total, o Anel Viário contempla 32 quilômetros (km), sendo 26 km na BR 0-20 (Fortaleza) e 6 km na BR-222 (Caucaia).
O representante da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Heitor Studart, destacou a preocupação com os custos que o atraso nas obras causam. “Minha preocupação é que esse é o modal de maior interferência e prejuízo da indústria cearense”, disse.
O diretor técnico-operacional da Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa), Célio Cavalcante Filho, afirmou que, nos dias de feira, cerca de 800 caminhões são incrementados nas vias do entorno da Ceasa em Maranguape, com um fluxo de cinco mil veículos. Além disso, ele demonstrou preocupação com as dificuldades de acesso ocasionados pela obra. Na ocasião, Célio acertou com o representante do DER uma reunião para debater o acesso à Ceasa.
No segundo momento da audiência, a pauta debatida foi requerida pelo deputado Audic Mota (PMDB), que destacou a necessidade de se ter mais atenção às obras da BR 0-20 do trecho Fortaleza a Parambu. “É a operação sonrisal: faz e se deteriora no inverno”, comentou. Além da dificuldade de trafegabilidade, ele destacou os problemas em relação à segurança pública.
De acordo com Diógenes José Tavares Linhares, do DNIT, a dificuldade tem sido na captação de recursos para a execução de obras de restauração, em que a previsão de nova intervenção na via é de cinco anos. Para isso, segundo ele, é necessário o apoio político dos deputados para se conseguir verbas. Ele afirmou que as obras realizadas têm prazo de dois anos para nova intervenção, mas, devido às “patologias” da BR 0-20, não têm sido suficientes.
Estiveram presentes na reunião o deputado Heitor Ferrer (PSB), presidente da Comissão; o representante do DNIT, Márcio Frota; e o representante do Instituto das Cidades do Ceará, Eduardo Arraes de Alencar.
GR/AP

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