terça-feira, 27 de maio de 2014

Polícia ainda não sabe quem matou professor


Image-1-Artigo-1621909-1
A autoria do crime, segundo a Divisão de Homicídios, é desconhecida; a hipótese de latrocínio está descartada pela Polícia
Image-0-Artigo-1621909-1
Professor era bastante querido pelos alunos da Universidade, que lamentaram bastante o ocorrido
FOTOS: DIVULGAÇÃO
A Polícia ainda não descobriu quem teria atirado e matado o professor Alexandre Moreira de Moraes, de 45 anos, na noite do último domingo (25) na praia do Icaraí, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. Até o fechamento desta edição, ninguém havia sido preso, suspeito de ter participado do homicídio de Alexandre.
De acordo com o diretor adjunto da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Ricardo Romagnoli, a autoria do crime ainda é desconhecida. "O inquérito foi instaurado e está sendo encaminhado para o 22º DP (Icaraí). A DHPP vai continuar nas investigações, auxiliando mas, por enquanto, não temos autoria, sequer motivação do crime. Só sabemos que foram duas pessoas em uma moto, e o garupeiro teria desferido os disparos. Nenhum pertence foi subtraído, o que já direciona para execução. Descartamos a hipótese de latrocínio", disse.
O professor, que era conhecido como 'Sobral', por ter nascido na cidade do norte cearense, teria acabado de chegar ao local quando dois homens em uma motocicleta o atingiram com cinco tiros na cabeça, segundo informações da DHPP.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) compareceu ao local, mas o professor já estava morto.
Alexandre era coordenador noturno do Curso de Engenharia de Teleinformática da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Professor Assistente III da mesma instituição. Ele tinha o título de Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e fazia doutorado na mesma área pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Lamentos
O professor Paulo Cesár Cortez, chefe do Departamento de Engenharia de Teleinformática da UFC, lamentou o falecimento e afirmou que o docente foi um dos idealizadores do prédio do curso, localizado no bloco 725 do Campus do Pici.
"Ele era um professor extremamente dedicado e competente. Ele sempre encabeçava as comemorações de fim de semestre com os alunos e tinha um relacionamento muito bom com eles", ressaltou Cortez.
O chefe de departamento também afirmou que pretende dar o nome de Alexandre Moreira de Moraes ao auditório do prédio em homenagem ao falecido. O velório foi realizado na Funerária São Francisco, localizada na Rua Coronel Albuquerque, 927, no Centro de Sobral. Hoje será celebrada uma missa de corpo presente, às 8h, e o sepultamento do corpo será realizado às 9h no Cemitério São José, no Centro do município.
Onda de violência
A UFC publicou, na manhã de ontem, nota de pesar por ocasião da morte do professor. A nota informou que professores, servidores técnico-administrativos e alunos externavam tristeza com o ocorrido e declarava que o docente foi "mais uma vítima da onda de violência que se apodera de nossa sociedade, onde a rotina de assassinatos tem espalhado a insegurança e o medo".
Diante do crime, a Universidade solicita uma "atuação mais decidida por parte daqueles a quem cabe prover a Segurança dos cidadãos e garantir os mecanismos da Justiça".
A UFC e o Centro de Tecnologia declararam três dias de luto oficial. Nesse período, não haverá aulas nos cursos de Engenharia de Teleinformática da UFC diurno e noturno.
"Diante da perda, na comunidade universitária, todos nos unimos para pranteá-lo e, solidários, estendemos nossas condolências aos familiares do saudoso mestre", finalizou a nota, assinada pelo reitor Jesualdo Pereira Farias e o vice, Henry de Hollanda Campos.
dn

Nenhum comentário:

Postar um comentário