O titular da pasta da Secretaria Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, mostrou interesse em realizar uma operação no Parque Leblon, em Caucaia. A declaração dele foi dada na tarde desta quinta-feira, 23, durante a coletiva de imprensa que divulgou a Operação Carnaval.
André Costa havia divulgado no Facebook a operação que aconteceu na Jurema, em Caucaia, mas acabou 'desafiado' por um internauta, que disse "Jurema é fácil! Quero ver entrar é no Parque Leblon - Caucaia. Local onde vários agentes de segurança são mortos e o tráfico reina", escreveu.
Em resposta, o secretário escreveu "anotado!". Durante a coletiva, o gestor demonstrou interesse em realizar uma operação no local, mas disse que não seria em resposta ao 'desafio' do internauta, pois as áreas em que acontecem as operações, são as que as estatísticas apontam maior número de roubos, furtos e homicídios. "Não vejo nenhum local no Ceará que há dificuldade para acessar. O que a gente tem visto é a vagabundagem recolhida", disse.
"Com certeza o Parque Leblon deve ser visitado. Não pelo suposto desafio. Estivemos na Jurema, Barra do Ceará, José Walter, não há local que a Polícia não chegue lá", relatou.
O secretário reconhece que há um problema sério na área do Parque Leblon, mas destaca que existem outras áreas com problemas semelhantes. "A gente onde há maior ações de assaltos e tráfico de drogas para levar um maior aparato, mais forças, coibir e ajudar o crime nessas regiões", ressaltou.
Parque Leblon
O Parque Leblon é uma comunidade marcada por crimes contra agentes da Segurança Pública. Moradores que ajudam a Polícia com informações sofrem represálias. Em março de 2015 um comerciante foi enterrado vivo supostamente por passar informações aos policiais da área. O homem sobreviveu e foi internado no Instituto Doutor José Frota (IJF). O caso era investigado pela Delegacia de Caucaia.
Em Novembro de 2015, O POVO havia denunciado que uma ordem para metralhar policiais militares da Caucaia, em decorrência de abordagens no Parque Leblon, partiu de detentos, que usaram redes sociais para fazer as ameaças.
Em dezembro de 2015, O POVO denunciou a situação dos moradores do Parque Leblon, que eram expulsos das próprias residências. As casas eram utilizadas por traficantes para esconder drogas e corpos de vítimas.
Em dezembro de 2014, a Polícia e o Corpo de Bombeiros, por meio de escavações, encontraram dois corpos de um casal que estava desaparecido.
Em novembro de 2016, um policial militar da reserva foi morto a tiros e pedradas. O sargento Carlos Alberto Gomes morava na comunidade e passava informações aos policiais da área. O suspeito do crime havia oferecido R$ 40 mil pela morte de um policial da Força Tática de Apoio (FTA).
JÉSSIKA SISNANDO
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