O governador Camilo Santana (PT) sancionou, na última quinta-feira, 6, o projeto de lei que visa garantir a prioridade de atendimento às mulheres vítimas de violência nas unidades de saúde da rede pública e privada do Ceará. A iniciativa é da deputada Érika Amorim (PSD), com coautoria da deputada estadual Augusta Brito (PCdoB). A matéria foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) no dia 27 de abril.
Após a sanção, o texto do PL afirma que, para garantia do direito, as unidades de saúde do Ceará devem fixar nas suas dependências informação sobre o atendimento prioritário às mulheres vítimas de violência. No Ceará, 18,8% das mulheres já sofreram alguma agressão psicológica, física ou sexual que as impediu de realizar suas atividades habituais. É o que mostra a Pesquisa Nacional de Saúde 2019, realizada pelo (IBGE) e divulgada nesta sexta-feira, 7.
Em todos os tipos de violência, companheiros(as) e ex-companheiros(as) são os agressores mais comuns das mulheres; para os homens, o perfil recorrente de agressor é composto por amigos ou vizinhos. A maioria das agressões contra mulheres acontece dentro de casa; já aquelas contra homens se dão em vias públicas.
Em março deste ano, a Rede de Observatórios da Segurança lançou o relatório "A dor e a luta'', que monitorou, em 2020, os eventos de feminicídio e violência contra a mulher em cinco estados: Ceará, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.
No relatório, o Ceará aparece com 47 casos de feminicídio, 74% a mais do que os 27 registrados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) no mesmo ano. Dentre os estados monitorados, o Ceará foi o que apresentou maior divergência comparado aos números oficiais divulgados.
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