A bebê precisou ser internada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e depois passou por outros setores da Neonatologia do HRN. Após três meses e 12 dias de internação, as duas puderam ir para casa. A alta ocorreu sob aplausos da equipe na terça-feira (17). Na saída, a criança estava com pouco mais de 2,5 kg.
Leiliane ressalta que viveu momentos difíceis quando a filha ainda estava na Utin, mas foi apoiada por toda a equipe. “Só tenho a agradecer a todos do hospital que me deram apoio, que me acolheram. Aqui, eu me senti em casa e, graças a Deus, agora vou levar minha filha para casa”, destaca. O esposo de Leiliane, Edvaldo Carlos de Alcântara, de 34 anos, lembra que acompanhou o parto e ficou em contato para apoiá-la. “Eu sempre ligava para ela e dizia que o pior já tinha passado”, lembra o pedreiro.
Segundo a médica neonatologista do HRN, Renata Freitas, o serviço da Neonatologia vem evoluindo para a recuperação das crianças prematuras. “As altas de bebês nascidos tão prematuros estão cada vez mais frequentes”, pontua.
Prematuridade
Freitas explica que o melhor para a criança é nascer dentro do período esperado, a partir das 37 semanas de gestação. “Quanto mais tempo no útero, melhor será a evolução da criança. Um prematuro pode sofrer problemas pela falta de maturidade dos órgãos e ter acometimentos renal, neurológico e pulmonar”, alerta.
Em muitos casos, a prematuridade pode ser evitada com um pré-natal adequado, que possa identificar doenças pré-existentes e infecções, além de um planejamento dos filhos, de acordo com a médica. A médica destaca que, durante a pandemia de Covid-19, houve uma elevação no número de crianças nascidas prematuramente. “Percebemos um aumento no número de nascimentos prematuros durante a pandemia, tendo como causas não apenas as mães que tiveram a doença, mas também doenças crônicas não controladas durante o pré-natal e gravidezes não planejadas”, avalia.
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