quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Referência em Pediatria no Norte do Estado, HRN já atendeu mais de 160 mil crianças e adolescentes na Emergência

 

Referência única de Emergência Pediátrica na região Norte do Ceará, o Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, vinculado à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) e administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), já atendeu mais de 160 mil crianças e adolescentes. Os dados são referentes ao serviço desde seu início, em 2013, até junho de 2021. Além da Emergência Pediátrica, o HRN também conta com 30 leitos de Enfermaria e dez de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátricas. Na área Neonatal, são 39 leitos de Enfermaria e dez de UTIs.

“Somos a única Emergência Pediátrica aberta em toda a macrorregião Norte”, ressalta a coordenadora do setor, Maria Stella Monteiro. Ela explica que as crianças são atendidas e estabilizadas no serviço e, dependendo do caso, encaminhadas para Clínica, UTI pediátrica ou Centro Cirúrgico do HRN — ou para outro serviço de saúde. São atendidos pacientes de até 13 anos, 11 meses e 29 dias.

Segundo a médica, entre as principais causas de atendimento estão as quedas e os traumatismos e, de internamento, questões respiratórias e doenças sazonais (viroses). A equipe multiprofissional conta com médicos, enfermeiros, técnicos de Enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas e fonoaudiólogos.

Na Clínica Pediátrica, segundo a coordenadora Aline Ibiapina, as doenças mais comuns para internamento são pneumonias, apendicites e gastroenterites. Em geral, as internações são rápidas, de cinco a sete dias. Ibiapina afirma que a integração dos serviços de Pediatria no HRN é fundamental para o tratamento dos pequenos. “A integração é muito importante. Temos a Emergência aberta, as cirurgias pediátricas, a Clínica e a UTI, para os casos mais graves”, explica.

Segundo o diretor-geral do hospital, Daniel Hardy Melo, o serviço de Pediatria do HRN contribuiu para a especialização do atendimento às crianças e adolescentes. “O serviço de Pediatria não é uma novidade na região, mas a abertura do serviço no HRN trouxe um atendimento mais especializado em algumas áreas e uma ampliação de leitos, o que contribuiu para a redução das transferências”, avalia.

A coordenadora da Central de Regulação/CRESUS-Sobral, Francisca Dulcinalda de Paulo Braga, explica a relevante contribuição do hospital estadual para a atenção infantil. “O serviço de pediatria do HRN trouxe um impacto altamente relevante para a saúde das crianças da nossa região. Desde a inauguração, em 2013, o HRN se tornou a referência em Pediatria para a Superintendência Regional Norte, que atende 55 municípios”, diz ela, lembrando que todos os casos referentes à Pediatria que não são resolvidos nas regiões de Tianguá, Crateús, Acaraú, Camocim e até de Sobral são referenciados para o HRN.

Braga também destaca o trabalho realizado pela unidade durante a pandemia de Covid-19. “As equipes, principalmente as da Emergência, nesses tempos de pandemia de Covid, tiveram um trabalho super eficiente, podendo atender o mais breve possível, evitando sequelas e complicações”.

A coordenadora sublinha que o HRN vem fazendo um trabalho de matriciamento, que é “levar as informações importantes do hospital para outros municípios, para os pequenos hospitais, para a estratégia de saúde da família, que são a rede de cuidado pós-internamento tanto para os bebês que saem da Neonatologia, que nascem prematuros, como para as crianças que têm sequelas maiores”.

Atendimento

Pela terceira vez, Francisco Kauã Oliveira Barroso, de 13 anos e seis meses, é internado no HRN. A mãe do menino, Antonia Aline Oliveira Matos, de 30, elogia o atendimento do hospital. “Nas três vezes, meu filho sempre foi bem atendido e bem recebido”.

Kauã é portador de encefalopatia crônica/hidrocefalia e foi internado na primeira vez por Covid-19; na segunda, para tratar uma pneumonia e, por último, para realizar uma cirurgia de gastrostomia, que é a colocação de um pequeno tubo flexível, conhecido como sonda, desde a pele da barriga até ao estômago. A cirurgia permite a alimentação nos casos em que a via oral não pode ser utilizada. O procedimento é seguro para crianças com lesão neurológica.

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