Avanço foi puxado principalmente pela alta inserção de Empreendedores Individuais no EstadoImpulsionado
pela proliferação de pequenos negócios, o Ceará registrou o segundo
maior índice de crescimento na criação de empresas do País, no período
compreendido entre de 1º de janeiro e ontem. No comparativo com igual
intervalo do ano passado, o Estado apresentou um avanço de 17,6% no
número de novos empreendimentos, evolução que perde apenas para a
verificada no mercado alagoano (de 18,7%). A expansão de novas empresas
no Ceará é ainda mais expressiva quando comparada com os dados de 2010:
alta de 68,8%, o maior percentual entre as unidades da federação.
Nos
sete primeiros meses de 2012, 31,6 mil negócios foram abertos no
Estado, incluindo os grandes e também os do tipo Empreendedores
Individuais (EIs). Em igual período do ano passado, mais de 25,6 mil
empresas haviam sido iniciadas. E, em 2010, o volume anotado era de
somente 17,8 mil.
As informações estão presentes no estudo
"Perfil das Empresas e Entidades Brasileiras 2012", que faz parte do
banco de dados do chamado Empresômetro (Censo das Empresas e Entidades
Públicas e Privadas Brasileiras), ferramenta digital criada pelo
Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) que fornece uma
radiografia do cenário empresarial do País.
´Meio cheio, meio vazio´Apesar
da forte ampliação no total, o Ceará, assim como todos os estados,
amargou redução de 18% na abertura de firmas de maior porte (sem
considerar os EIs). Segundo o presidente do Conselho Superior e
coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, os números do
País mostram um cenário de "copo meio cheio e meio vazio".
Isso
porque, de acordo com ele, os dados de Empreendedores Individuais
apontam para uma maior formalização, o que é positivo,"principalmente
para obtenção dos direitos previdenciários, sem contudo representar
maior geração de empregos". Enquanto isso, negativamente falando, as
grandes empresas, responsáveis por absorver um maior contingente de
profissionais, têm se retraído.
Excetuando-se os EIs, o Ceará
abriu, de janeiro a julho deste ano 9,9 mil empresas, contra 11,5 mil
verificadas em 2011, de acordo com o levantamento.
A liderança no
número absoluto de novas empresas pertence a São Paulo, que acumulou a
abertura de 275 mil firmas nos sete primeiros meses de 2012. Abaixo,
estão Minas Gerais (108 mil) e Rio de Janeiro (91 mil). O Ceará ficou em
10º, representando 3% de todos os empreendimentos inaugurados no
Brasil.
1 milhão de firmasEm âmbito
nacional, foi alcançada a marca de um milhão de novos empreendimentos
ontem, com 32 dias de antecedência em relação a 2011, ano em que a marca
foi atingida em 1º de setembro, e 81 dias antes que em 2010, o que
ocorreu em 20 de outubro.
De 1º de janeiro a 30 de julho de 2012,
houve um crescimento de 166.284 novas empresas do tipo EI no País, em
relação a igual período no ano anterior. De acordo com o estudo, São
Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul foram os estados
que mais registraram empresas nessa modalidade.
Para o autor do
estudo e supervisor de Estatísticas e Inteligência Tributária do IBPT,
Othon de Andrade Filho, há uma clara desaceleração dos novos negócios,
excluídos os EIs.
RegiõesO levantamento
do IBPT também apontou as regiões onde houve um aquecimento maior nos
novos negócios. O principal crescimento percentual de novas empresas
ocorreu no Centro-Oeste, com 8,2%, seguido das regiões Norte, com 5,9%, e
Sul, com 5,7% dos negócios criados neste ano. Dos novos empreendimentos
abertos nos sete primeiros meses de 2012, 84.306 são voltados ao
comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, seguido por
cabeleireiros, com cerca de 46.400 empreendimentos e 26.589 novos
negócios em obras de alvenaria.
O empresômetro pode ser acessado
em tempo real pelo site www.empresometro.com.br. Lá, é possível
acompanhar o total de empresas, entidades públicas e privadas,
associações, igrejas, dentre outros, que estão sendo abertas no Brasil.
Fortaleza acumula mais de 14 mil novos negóciosTurismo e Lazer alavancaram setor de serviços, com a criação de 1,7 mil empreendimentos entre janeiro e julho FOTO: ANDRÉ LIMACom
quase metade do total de empresas criadas no Estado, Fortaleza ocupa a
sexta posição no País e a segunda no Nordeste, no ranking elaborado pelo
IBPT. Foram pouco mais de 14,6 mil empreendimentos novos no mercado da
Capital, de janeiro a julho, conforme o ´Empresômetro´. À frente, estão
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e ainda Salvador.
Em relação a 2011, Fortaleza obteve um crescimento de 26%, o equivalente a 3 mil empresas a mais em sua pauta.
No
entanto, a cidade cearense ainda representa pouco do ´bolo´ completo do
País: somente 1,43%. Do total de 14,3 mil firmas abertas, 9,9 mil são
da categoria de Empreendedores Individuais e o restante (4,3 mil) se
dividem entre micros, pequenas, médias e as empresas de maior porte.
Caucaia é destaque
Na
Região Metropolitana, o destaque ficou para Caucaia, município que viu
1,2 mil negócios serem iniciados, contra apenas 1 mil de 2011.A
radiografia do IBPT ainda mostra que Maracanaú contabilizou mil novas
empresas, sendo a terceira colocada da Grande Fortaleza. A maioria
desses empreendimentos pertence ao setor de serviços, que, sozinho,
criou 7,1 mil firmas na Região Metropolitana de Fortaleza.
Serviços puxamDentro
desse universo, turismo e lazer contribuíram com os números mais
significativos (1,7 mil). Construção e engenharia tiveram 1.070
aberturas registradas pelo estudo do IBPT.
Comércio e indústria,
juntos, somaram 8,2 mil empresas criadas nos sete primeiros meses de
2012. No segmento público, foram nove as firmas que iniciaram
atividades.