Senai apresentará o projeto de uma unidade
escola em Caucaia para atender às demandas do CIPP e das cidades do
entorno em reunião na próxima quarta-feira. Inicialmente, a oferta será
de nível um com capacidade instalada para atender 1200 alunos
concomitantemente por dia
A necessidade de qualificar mão-de-obra para o Complexo Industrial e
Portuário do Pecém (CIPP) é um dos principais desafios identificados nas
reuniões do Pacto do Pecém, que discutem o Complexo. O grupo se reuniu
ontem na Assembleia Legislativa. Uma das primeiras providências para
minimizar a debilidade será apresentar um relatório de formação
profissional. As informações deverão ser fornecidas pelas sociedades
representativas de classe em reunião com o governador Cid Gomes no
início da próxima semana.
Segundo o gerente do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai), Raimundo Ferreira Façanha, a reunião deverá acontecer na
próxima quarta-feira, 8. Ele preferiu não citar as outras entidades que
participarão, mas destacou que o Senai apresentará o projeto de uma
unidade escola em Caucaia para atender às demandas do CIPP e das cidades
do entorno. O empreendimento ainda não possui uma denominação, mas será
um Centro de Formação.
As obras devem começar em 2013 e o empreendimento deve ser entregue
já em 2014. O custo total do projeto é entre R$ 5 e R$ 6 bilhões. Os
recursos serão aportados pelo Senai a partir de empréstimo junto ao
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Inicialmente, a oferta será de nível um com capacidade instalada para atender 1200 alunos concomitantemente por dia. A demanda pode se expandir até o nível 3, com 3.500 alunos capacitados por dia. Os cursos deverão seguir o padrão do Senai, com carga horária maior, chegando a uma média de 800 a 2 mil horas totais.
Inicialmente, a oferta será de nível um com capacidade instalada para atender 1200 alunos concomitantemente por dia. A demanda pode se expandir até o nível 3, com 3.500 alunos capacitados por dia. Os cursos deverão seguir o padrão do Senai, com carga horária maior, chegando a uma média de 800 a 2 mil horas totais.
Façanha explicou que o Centro será instalado no centro de Caucaia
para atender a demandas não apenas do próprio CIPP, mas de outras
indústrias nas cidades vizinhas. Ele criticou a localização do Centro de
Treinamento Técnico do Ceará (CTTC), no Complexo Industrial do Pecém
(CIPP). De acordo com ele, o acesso é difícil. O CTTC está sendo
coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do
Estado do Ceará (SECITECE).
Façanha destacou que é necessário não focar os esforços apenas no próprio CIPP, mas também nas empresas do entorno. Segundo ele, o Senai não está esperando para que as empresas estejam instaladas. Ele destacou que o Senai já possui cursos há cinco anos em áreas que serão importantes como automação, construção, montagem de caldeiras, manutenção e montagem de equipamentos.
Façanha destacou que é necessário não focar os esforços apenas no próprio CIPP, mas também nas empresas do entorno. Segundo ele, o Senai não está esperando para que as empresas estejam instaladas. Ele destacou que o Senai já possui cursos há cinco anos em áreas que serão importantes como automação, construção, montagem de caldeiras, manutenção e montagem de equipamentos.
Outra entidade presente à reunião do Pacto pelo Pecém foi a Federação
das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL). Segundo o diretor
da FCDL, Lima Júnior, o CIPP vai criar oportunidades de negócios para o
comércio. No entanto, segundo ele, essas potencialidades ainda não foram
definidas e precisam ser melhor discutidas. %u201CUma das fragilidades é
o desconhecimento das oportunidades de negócios%u201D, ressaltou.
Outra demanda destacada pelos empresários presentes é a questão
logística. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e
Atacadista de Carnes de Fortaleza (SindiCarnes), Francisco Everton, será
demandada a construção de novas estradas para chegar ao complexo. Além
disso, segundo ele, será necessária uma gama de serviços como cinemas,
centros comerciais, colégios, para atender à população que chegará as
cidades do entorno do porto. %u201CNão podemos aceitar que seja feito de
qualquer maneira%u201D.
Para os empresários, os serviços ofertados nas cidades também
precisam aprimorados. Os impactos ambientais que podem ser evitados
também foram elencados como uma questão a ser discutida. Eles discutiram
ainda a implementação de uma unidade gestora do CIPP.
OPOVO
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