As obras de duplicação do Anel
Viário ainda estão em fase de terraplanagem, mesmo após um ano da
retomada das obras pelo Governo do Estado, que assumiu a execução no fim
de 2011. Antes, as obras eram de responsabilidade do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Na
época em que os trabalhos foram retomados, a promessa era entregar a
obra em 2013. No entanto, com o ritmo lento da execução, o novo prazo é
início de 2015, conforme a assessoria de comunicação do Departamento de
Edificações e Rodovias (DER).
O Anel Viário se estende por 32
quilômetros desde a CE-040 até a BR-020, cruzando os municípios de
Eusébio, Itaitinga, Maracanaú, Maranguape, Caucaia e Fortaleza. A
duplicação deve beneficiar principalmente os Distritos Industriais de
Maracanaú e Maranguape, que atraem grande número de veículos, provocando
congestionamentos nos cruzamentos com a CE-060 e a CE-065.
A
duplicação inclui a construção de três pontes sobre os rios Coaçu,
Gavião e Siqueira e de quatro viadutos (no Conjunto Novo Metrópole, no
entroncamento da BR-222 e BR-020, na CE-065 e na CE-060). Os dois
primeiros viadutos já foram iniciados.
O POVO percorreu o Anel
Viário na manhã de ontem, quando operários executavam obras de
terraplanagem e drenagem em alguns trechos da rodovia. Em diversos
pontos, no entanto, os terrenos que devem receber a nova pista não foram
sequer desapropriados ou preparados para o início dos trabalhos.
Atualmente
com 11 metros de largura, a rodovia recebe fluxo intenso de veículos
pesados, como caminhões de carga. A estrutura e a largura atual são
alvos frequentes de reclamações de motoristas. “Aqui é um perigo. Quase
todo dia tem acidente. O pior é a condição do asfalto. Não dá nem para
desviar de buracos porque a pista é muito estreita”, reclama o
caminhoneiro Carlos Aragão.
De acordo com Aragão, a iluminação
é quase inexistente na rodovia, o que aumenta ainda mais o perigo de
transitar pelo local à noite. “Aqui de noite é um breu. É inseguro por
causa de assaltantes”, relata. Para o caminhoneiro, a duplicação da
rodovia também vai facilitar o trânsito para ciclistas e pedestres, que
precisam se arriscar muito próximos a veículos pesados por causa da
precariedade do acostamento, que, em alguns pontos, é quase inexistente.
“Se for concluída logo, vai melhorar. O viaduto vai acabar com os
engarrafamentos”, torce.
ENTENDA A NOTÍCIA
O
Governo do Estado assumiu a execução da duplicação do Anel Viário em
janeiro do ano passado. Após um ano da retomada, a duplicação ainda
está em fase de terraplanagem.
Saiba mais
Em
dezembro de 2011, o Governo do Estado e o Dnit assinaram convênio para a
conclusão dos trabalhos de duplicação e melhoramentos do Anel Viário.
O Estado assumiu a execução das obras e receberá os recursos do Dnit. O convênio envolve recursos de mais de R$ 200 milhões.
O
empreendimento foi iniciado sob a responsabilidade do Dnit em maio de
2010. A promessa era entregar a obra pronta até fevereiro de 2012.
No
entanto, a obra foi paralisada após três meses de execução, sendo
retomada apenas em janeiro de 2012, já sob a jurisdição estadual.
opovo