sexta-feira, 25 de maio de 2012

Laminadora aguarda licença para iniciar obra

Logo após a liberação da Licença de Instalação, empresa espanhola iniciará construção do empreendimento

Foi entregue, na última sexta-feira, à Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente), o EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) da fase inicial do projeto da laminadora Siderúrgica Latino-Americana, pertencente ao grupo espanhol Hierros Añon. De acordo com o economista e consultor financeiro internacional, Alcântara Macedo, que intermediou a vinda da empresa ao Estado, assim que a Semace liberar a licença, serão iniciadas as obras. "Vai começar antes mesmo de qualquer financiamento", frisou.

Conforme a assessoria de comunicação da Superintendência, o EIA-Rima deverá aguardar 45 dias para a realização de audiência pública.

Após esse processo, explica o órgão, "o documento será encaminhado à Reunião do Coema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) para votação e/ou aprovação. Em seguida, é liberada a Licença Prévia (LP) com as condicionantes para solicitação da Licença de Instalação(LI)". Quanto mais rápido for a entrega dessas condicionantes listadas na LP, mais cedo será emitida a LI.

O estudo ambiental, elaborado pela empresa Infoambiental, avalia que o empreendimento está adequado para ser construído na área pleiteada, no Km 32 da BR-222, em Caucaia. O terreno, de 148,3480 hectares, foi comprado por R$ 10 milhões.

Primeira etapa

Na primeira fase de instalação do equipamento, constam um edifício para a laminadora de aço, vestiários e centro de convivência, e ainda outras duas construções para armazenamentos de produtos acabados e um prédio administrativo. Essa etapa inicial custará US$ 150 milhões. De acordo com informação presente no relatório ambiental, o projeto deverá levar 20 meses até que esteja pronto.

Segundo o estudo, a maior parte da mão de obra para a Siderúrgica Latino-Americana será originária da Região Metropolitana de Fortaleza.

Empregos gerados

"Exceções podem ser admitidas para os postos de especialidades que não estejam disponíveis na região". A estimativa é de que 250 funcionários sejam admitidos de modo direto e 1.000 de forma indireta, quando o empreendimento atingir sua capacidade máxima de produção.

Especificamente na fase inicial, afirma o levantamento, deverão ser utilizados cerca de 20 profissionais de nível superior e de 30 outros trabalhadores de apoio, incluindo, entre outros, técnicos arquitetos, geólogos, biólogos e engenheiros, além de auxiliares de topografia, secretários, escriturários, etc.

Centro de resíduos

A Semace também recebeu um EIA/Rima referente à implantação de um Centro de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (CGR), equipamento que servirá de apoio às atividades das usinas termelétricas Energia Pecém e MPX Pecém II.

O CGR compreende um aterro industrial projetado especialmente para receber resíduos industriais não perigosos, compostos por cinzas, provenientes do Complexo do Pecém.

Um aterro industrial é o local adequado para recebimento e disposição final dos resíduos provenientes de unidades fabris.

Victor Ximenes
Repórter

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