terça-feira, 3 de novembro de 2015

Região Metropolitana de Fortaleza

A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), também conhecida como Grande Fortaleza, está localizada no estado do Ceará. Foi criada pela Lei Complementar Federal nº 14, de 8 de junho de 1973, que instituía, também, outras regiões metropolitanas no país.
Com 3.985.297 habitantes em 2015, a Grande Fortaleza é a primeira mais populosa do Norte-Nordeste. É ainda a sexta maior região metropolitana do Brasil e a 129ª maior área urbana do mundo.
A RMF tem como área de influência todo o território do Ceará (com exceção do município de Ipaumirim), metade oeste do Rio Grande do Norte, região da fronteira com Pernambuco e praticamente todos os estados do Piauí e Maranhão, além de alguns municípios do norte do Tocantins e leste do Pará. A região de influência da Grande Fortaleza é a maior do Norte-Nordeste em termos populacionais, servindo de referência para mais de 20 milhões de pessoas. É também a terceira maior do Brasil, atrás apenas da Grande São Paulo e do Grande Rio de Janeiro.
De acordo com a empresa americana de pesquisa The Brookings Institution, a Grande Fortaleza fechou 2012 com um PIB de US$ 31,104 bilhões, ajustado pelo critério de Paridade Poder de Compra (PPC). Esse número colocou a RMF naquele ano como a 11ª mais rica do Brasil, a 20ª da América Latina e a 288ª do mundo.
O município de Caucaia é o maior em área, com 1.227,895 km². Eusébio, desmembrado de Aquiraz em 1987, o menor, com apenas 78,65 km². São Luís do Curu é o menos populoso, com apenas 12.519 habitantes.
Atualmente com quase quatro vezes a população inicial e o triplo de municípios, a principal dificuldade da RMF é a integração das cidades. O transporte coletivo ainda é caro e pouco abrangente. Além disso, quase a totalidade dos equipamentos urbanos concentra-se ainda em Fortaleza.
 
Em 1975 foi criada pelo Governo do Ceará a Autarquia da Região Metropolitana de Fortaleza (Aumef). A Aumef tinha por objetivo desenvolver e integrar os municípios de acordo com os planos da lei federal que criou as nove primeiras regiões metropolitanas no Brasil. Durante os primeiros anos, a Aumef foi a responsável pelo plano diretor das cidades da RMF, elaborando um plano geral de desenvolvimento urbano integrado de toda a área metropolitana. As principais obras realizadas pela Aumef foram a construção do anel viário interligando todas a estradas de acesso ao municípios periféricos e o alargamento das BRs de acesso a Fortaleza (116 e 222). Os primeiros planos do metrô para Fortaleza surgiram durante a existência da autarquia, extinta em 1992.
Durante a década de 1990 não houve uma ação política voltada para a integração das cidades metropolitanas. Somente em 1997 a RMF volta ao debate na mídia com a criação da ONG Planefor que foi apoiada pelo Centro Industrial do Ceará para realizar ações de planejamento da Metrópole. Mesmo assim, sem força política nem presença na mídia local, o Planefor não tem se mostrado alternativa para o desenvolvimento da região e os municípios envolvidos.
Formada inicialmente por apenas cinco cidades: Fortaleza, Caucaia, Maranguape, Pacatuba e Aquiraz, a região metropolitana aglomerava uma massa populacional de aproximadamente 1 milhão de habitantes. Em 1983, Maracanaú, também por lei federal, passou a fazer parte da RMF. Em 1987 foi adicionado mais um município, Eusébio. Em 1992 Itaitinga e Guaiuba. A partir de 1999, mais quatro cidades passaram a integrar a região metropolitana: Chorozinho, Pacajus, Horizonte e São Gonçalo do Amarante. Em 2009 o governo estadual incluiu mais duas cidades a RMF, Pindoretama e Cascavel. Em 2014, o governador Cid Gomes incluiu as cidades de Paracuru, Paraipaba, Trairi e São Luís do Curu.

As rodovias integram os municípios da RMF constituindo o sistema rodoviário, principal transporte utilizado pelas populações dos municípios, com especial atenção para o transporte "alternativo". As principais estradas estaduais são: CE-040 e CE-025 passando por Eusébio, Aquiraz e seu litoral, onde existe um complexo turístico, com destaque para o Beach Park; CE-060 passando por Maracanaú e Pacatuba; CE-065 até Maranguape; a CE-090 com acesso ao litoral de Caucaia; a CE-085 até o município de São Gonçalo do Amarante; a estrada CE-350 liga Pacatuba a Itaitinga; a CE-422 que dá acesso ao Porto do Pecém.
As rodovias federais são: BR-116, que está sendo duplicada do Anel Viário de Fortaleza até o município de Horizonte; BR-222 que dá acesso a Caucaia; Anel Viário ou BR-020 que faz a interligação da CE-040 com a BR-116, a CE-060, a CE-065, a BR-020 e a BR-222.
O Metrofor interligará Fortaleza às duas principais cidades da RMF (Caucaia e Maracanaú), além de Pacatuba e Maranguape. São também as duas mais populosas, depois de Fortaleza. O sistema tem origem no transporte de passageiros pelos trens da CBTU, surgido no período de implantação e desenvolvimento das regiões metropolitanas no Brasil.
Diferentemente de outras cidades do Brasil que passaram por mudanças no sistema aeroportuário, (com a construção de aeroportos em municípios próximos às capitais), o Aeroporto de Fortaleza foi reformado e recebeu um novo terminal, maior que o anterior, de modo a manter o tráfego aéreo sobre a cidade e a concentração de grandes equipamentos em Fortaleza.

Ao redor do Porto do Pecém está sendo estruturado o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, que abrigará uma siderúrgica, em processo de implantação entre os municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante. O Distrito Industrial de Maracanaú, instalado na mesma cidade, abriga boa parte das indústrias da metrópole.
O turismo e a expansão imobiliária são os principais mercados dos municípios com litoral (São Gonçalo, Caucaia, Aquiraz e Cascavel). Existem projetos de "resorts" e complexos turísticos nestes litorais, os quais, ao se concretizarem, poderão melhorar o equilíbrio destas cidades com relação a Fortaleza. Como exemplo, no município de Aquiraz, o "Aquiraz Riviera".


Região Metropolitana do Cariri

A Região Metropolitana do Cariri (RMC) está localizada no estado brasileiro do Ceará. A região metropolitana surgiu a partir da conurbação entre os municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, chamada triângulo caririese). Foi criada por uma Lei Complementar Estadual nº 78 sancionada em 29 de junho de 2009 . Somando-se a eles, foram incluídas as cidades limítrofes situadas no Cariri cearense: Caririaçu, Farias Brito, Jardim, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri. Tem como área de influência a região sul do Ceará e a região da divisa entre o Ceará e os estados de Pernambuco, Paraíba e Piauí.
O Metrô do Cariri foi construído para interligar as cidades do núcleo da RMC e ser o principal meio de transporte do interior cearense.

 Juazeiro do Norte, alem de ser a metrópole regional do Cariri, é a maior e mais importante cidade do interior do Ceará, com 263 mil habitantes (IBGE-2014), é o terceiro maior pólo da indústria de calçados brasileiros, depois de Franca(SP) e Novo Hamburgo(RS), e também o maior centro universitário do interior do Ceará com 104 cursos superiores.O município do Crato é o maior em área, com 1.176km² e o único da região com IDH alto. Juazeiro do Norte é o menor município, com 248km², porém o mais populoso e com a maior economia da região. Como Juazeiro é duas vezes maior do que Crato, desempenhando o papel de metrópole regional, é a sede da Região Metropolitana do Cariri.




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