Falta
de educação é muito mais do que simplesmente um comportamento
grosseiro, é uma atitude que pode desencadear até a morte de pessoas em
situações extremas.
Há entre oito a dez pontos críticos nos 24 Km da Linha Oeste (Foto: Metrofor Divulgação)
É o caso do acúmulo de lixo em locais inapropriados, como as margens
dos trilhos, por exemplo. A recorrência desse ato vem deixando em alerta
as autoridades.
Para centenas de pessoas, que, diariamente, viajam pela Linha Oeste,
entre Caucaia e o Centro de Fortaleza, o risco de doenças, como a
dengue, é constante e iminente em virtude da falta de consciência da
própria população.
Não são apenas as pedras arremessadas contra
os trens a maior preocupação em relação aos prejuízos financeiros e,
principalmente, à integridade física dos usuários. O lixo colocado de
forma irresponsável às margens da linha pode transmitir diversos tipos de doenças, inclusive, propiciando condições adequadas para proliferação do mosquito Aedes Aegypti.
De acordo com o gerente de Sistemas Fixos do Metrofor, Paulo Cunha,
as pessoas estão despejando água servida junto aos resíduos sólidos, que
pode provocar o desenvolvimento das larvas do mosquito da Dengue. "É a
nossa maior preocupação no momento. Até porque estamos em um período em
que tradicionalmente aumenta o número de casos dessa doença", contou.
Pontos críticos
Conforme o funcionário do Metrofor, há vários pontos considerados
críticos na questão do acúmulo do lixo. "Ali perto da Marinha, onde te
mum prédio novo; no Álvaro Weyne; na proximidade da Cemec; Padre
Andrade; Coronel Carvalho e Estação de Antonio Bezerra. Temos também
Conjunto Ceará; Jurema e São Miguel, em Caucaia", citou.
Para combater esse tipo de problema, foi montado um trabalho mútuo e emergencial do Metrofor
com as Prefeituras de Fortaleza e Caucaia para prevenir que o pior
venha a ocorrer. Desde a semana passada, representantes do Metrofor vem
se reunindo com os responsáveis das Regionais onde estão localizados os
bairros mais problemáticos, que fazem parte do trajeto da Linha Oeste. A
intenção é traçar um plano de prevenção para conscientizar a população,
já que a coleta do lixo por si só não soluciona o problema. "A gente
limpa hoje e amanhã já está do mesmo jeito. Há dias que tiramos 20
carradas de lixo de alguns trechos dos 24 Km da Linha Oeste. Já
retiramos até mais do 100 toneladas de lixo em um único mês", confirmou
Paulo.
Nesta semana, estão programados mais dois encontros como o
do último dia 22 de fevereiro, quando a pauta principal da reunião foi a
problemática dos resíduos sólidos depositados constantemente pela
população nas margens dos trilhos da Linha Oeste. Participaram da
discussão o gerente de Sistemas Fixos do Metrofor, Paulo Cunha; o
secretário Executivo da Regional III, Roberto Reis; o coordenador de
Edemias, Sidrônio Ferreira, o chefe de Distrito, José Régis e o
responsável pela Limpeza Urbana, Giovane Albuquerque.
O objetivo do grupo é identificar os pontos críticos e notificar as
pessoas que estiverem depositando os resíduos sólidos e a água servida
invedidamente ao lado dos trilhos da Linha Oeste. Além disso, também
será criada uma programação, entre os dias 4 a 8 de março, com
atividades que possam auxiliar na conscientização das pessoas e
minimizar os impactos na saúde, meio ambiente e segurança nos trilhos.
dn