terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Refinaria da Petrobras no CE pode sair após acordo com China

O governador do Ceará, Cid Gomes, afirmou que, dificilmente, a Petrobras terá capital no curto prazo para grandes investimentos
Brasília - O projeto da Refinaria Premium 2 poderá finalmente sair do papel, por meio de uma parceria entre a Petrobras e uma empresa chinesa ou coreana, disse hoje (26) o governador do Ceará, Cid Gomes, que se encontrou com a presidenta Dilma Rousseff.
A refinaria deverá ser instalada no Ceará e, segundo o governador, o governo federal tem cobrado a Petrobras para que leve o projeto adiante.
“A presidenta me disse que tem cobrado da presidenta Graça Foster [presidenta da Petrobras] providências. E essas providências vão, muito provavelmente, se configurar com a formação de uma sociedade entre a Petrobras e uma empresa da China ou da Coreia. A Petrobras está conversando com duas empresas chinesas e com uma coreana”, disse Cid Gomes após a reunião.
Com capacidade para refino de 330 mil barris por dia, a Premium 2 deverá ser construída nos municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza. Segundo o governador, uma área de 1,9 mil hectares está garantida para o empreendimento e até uma comunidade indígena que vivia no local foi retirada. O projeto também já tem licença de instalação, que autoriza o início das obras, de acordo com o governador.
A opção por uma parceria para a construção da refinaria se deve aos problemas de capitalização da Petrobras nos últimos anos, segundo Cid Gomes. “A Petrobras tem se descapitalizado ao longo dos últimos anos, porque está exportando petróleo, comprando derivados de petróleo, que são mais caros, e vendendo esses derivados no mercado interno a um preço mais baixo que o que ela está comprando. Dificilmente ela vai, no curto prazo, ter capital para fazer esses grandes investimentos, além dos que já está fazendo no Rio de Janeiro e em Pernambuco”, declarou.
Além de cobrar a construção da refinaria, Cid Gomes disse ainda que apresentou à presidenta Dilma um programa para universalização da educação integral para estudantes do 6° ao 9° ano do ensino fundamental. O projeto prevê a implantação das escolas em tempo integral prioritariamente em regiões de baixa renda, com índices elevados de analfabetismo e de violência. Segundo o governador, Dilma “adorou” a ideia e pediu que ele apresentasse o programa ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

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