sábado, 16 de fevereiro de 2013

ANP destaca relevância das Premium I e II

Documento da ANP mostra que as refinarias Premium I e II não serão concluídas antes de 2017/2018
Relatório sobre a evolução do mercado de combustíveis e derivados: 2000 - 2012, divulgado ontem, pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) revela a importância da construção das refinarias de petróleo Premium I e II, respectivamente, nos Estados do Maranhão e do Ceará, para adequação da atual oferta nacional ao novo perfil da demanda do mercado por gasolina, óleo diesel, GLP, nafta e QAV (querosene de aviação).

O documento chega em momento em que o gabinete da Casa Civil retoma os entendimentos com o Palácio do Planalto, para agendamento de visita do governador do Ceará, Cid Gomes, à presidente Dilma Roussef, reunião na qual os temas refinaria e seca devem constar, certamente, na pauta.

No documento, a ANP transcreve citações do último Plano de Negócios e Gestão da Petrobras 2012-2016, onde diz que as refinarias Premium I e II, e o segundo trem de processamento do Comperj não serão concluídos antes de 2017/2018. Consta também, que os projetos das duas refinarias no Nordeste estão em processo de avaliação e que somente serão implementadas “caso se verifique o alinhamento de seus custos com as métricas internacionais, em termos de Capex e taxas de retorno de investimento”.

Abastecimento

Sintetizado em 23 páginas, o relatório da ANP destaca logo no início que “as recentes e crescentes dificuldades para a garantia do abastecimento de derivados de petróleo no Brasil suscitam a busca de soluções de curto e longo prazo, as quais dependem de investimentos e incentivos visando à ampliação da oferta, à redução da demanda e à otimização da infraestrutura de logística”.

Afirma ainda que os cenários que preconizavam expectativas de autossuficiência, e até mesmo de exportação de derivados, no horizonte de 2020, parecem definitivamente ultrapassados. Na avaliação da ANP, a dependência das importações tem se ampliado, gerando efeitos perversos sobre a balança comercial do país, diante do aumento crescente da demanda e déficit de produção de combustíveis e derivados. Conforme o relatório, no intervalo de 2001 a 2011, a taxa média do PIB do Brasil, cresceu 3,76%, contra 4,05% do diesel, 4,60% da gasolina e 9%, do etanol. Mostra ainda, que apesar do direcionamento de grande parte do aumento do consumo de combustíveis para o etanol entre 2003 e 2009, a partir de 2010 os preços da gasolina voltaram a ser competitivos e o consumo deste produto voltou a crescer, fechando 2012 com aumento de 13%, sobre a demanda de 2011.

Parque de refino
Nesse contexto em que também se destaca o descolamento dos preços da gasolina praticados no mercado doméstico, em relação aos preços internacionais, amplia-se a necessidade e as perspectivas de expansão do parque de refino nacional para este e demais derivados do petróleo.

Demanda elevada

A expansão se faz necessária à adequação da produção ao perfil da demanda em elevação, para produção de derivados de maior valor agregado e atendimento de novos requisitos de qualidade dos produtos, a exemplo do diesel com menor teor de enxofre, bem como à redução dos custos logísticos.

Nesse cenário, o relatório da Agência Nacional de Petróleo aponta as perspectivas de aumento da capacidade de processamento do parque de refino até 2020, a partir da entrada de operação das refinarias Abreu Lima, em Pernambuco, em 2014, da Premium I e II, a partir de 2017 e 2018, respectivamente, e do primeiro trem de processamento do Compej, no Rio d janeiro, em 2015, como condições para ampliação da oferta interna de derivados de petróleo e consequente redução das importações desses produtos.

dn 

Nenhum comentário:

Postar um comentário