A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) apresentou saldo negativo
na geração de empregos em julho de 2015 (-3.614). No acumulado do ano e
no primeiro semestre, o saldo também é negativo, com -13.957 e -10.193
postos, respectivamente. Em 2015, o único resultado positivo foi em
junho, com alta de 0,01% ou 98 novos postos de trabalhos. Nos últimos 12
meses, o saldo é de 10.925. Os dados são do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem.
Em julho,
a retração foi de 0,4% na geração de empregos ante junho. Esta foi a
segunda maior queda no ano. No mesmo mês de 2014, a RMF registrava saldo
positivo de 15 novos postos. No Ceará, a queda foi de 0,28% de julho
ante junho, com saldo negativo de 3.411.
Erle Mesquita,
coordenador de Estudos e Análise de Mercado do Instituto de
Desenvolvimento do Trabalho (IDT), explica que a retração se dá tanto
por aspectos objetivos, como subjetivo. “Objetivos no sentido de
deterioração de diferentes indicadores econômicos. Temos crescimento
econômico menor, inflação elevada, queda de investimentos. E nos
aspectos subjetivos temos um c
Para Josbertini Clementino,
secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social do Ceará, os resultados
são atípicos e se atribuem à incerteza dos consumidores. “O consumidor
inseguro consome menos e Fortaleza é uma cidade de serviços”, avalia.
Setores
A
Construção Civil foi o segmento que mais gerou empregos novos em julho
(463), com alta de 0,56% ante junho. Josbertini explica que a alta no
setor adveio da retomada de algumas obras do Governo que estavam
paradas.
O somatório dos saldos da geração de empregos em
Serviços (-2.139) e Indústria de Transformação (-1199) representam
retração maior que o montante da RMF. Esta é a sétima queda consecutiva
da Indústria de Transformação.
Já a retração de Serviços veio
após duas altas consecutivas, caindo 0,53% em julho ante junho. O
segmento de Comércio também registrou baixa. Com saldo de -623 e queda
de 0,35% ante junho.
Gastão Bittencourt, presidente da
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio)
do Ceará diz que a retração nos setores de Serviços e Comércio já era
esperada. “Não era esperado um número tão grande, mas em agosto e
setembro, algumas empresas já estão tentando retomar os número
positivos”.
SERVIÇOPesquisa Caged
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