domingo, 23 de agosto de 2015

Desemprego volta a crescer na Região Metropolitana de Fortaleza

A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) apresentou saldo negativo na geração de empregos em julho de 2015 (-3.614). No acumulado do ano e no primeiro semestre, o saldo também é negativo, com -13.957 e -10.193 postos, respectivamente. Em 2015, o único resultado positivo foi em junho, com alta de 0,01% ou 98 novos postos de trabalhos. Nos últimos 12 meses, o saldo é de 10.925. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem.

Em julho, a retração foi de 0,4% na geração de empregos ante junho. Esta foi a segunda maior queda no ano. No mesmo mês de 2014, a RMF registrava saldo positivo de 15 novos postos. No Ceará, a queda foi de 0,28% de julho ante junho, com saldo negativo de 3.411.

Erle Mesquita, coordenador de Estudos e Análise de Mercado do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), explica que a retração se dá tanto por aspectos objetivos, como subjetivo. “Objetivos no sentido de deterioração de diferentes indicadores econômicos. Temos crescimento econômico menor, inflação elevada, queda de investimentos. E nos aspectos subjetivos temos um c

Para Josbertini Clementino, secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social do Ceará, os resultados são atípicos e se atribuem à incerteza dos consumidores. “O consumidor inseguro consome menos e Fortaleza é uma cidade de serviços”, avalia.

Setores
A Construção Civil foi o segmento que mais gerou empregos novos em julho (463), com alta de 0,56% ante junho. Josbertini explica que a alta no setor adveio da retomada de algumas obras do Governo que estavam paradas.
O somatório dos saldos da geração de empregos em Serviços (-2.139) e Indústria de Transformação (-1199) representam retração maior que o montante da RMF. Esta é a sétima queda consecutiva da Indústria de Transformação.

Já a retração de Serviços veio após duas altas consecutivas, caindo 0,53% em julho ante junho. O segmento de Comércio também registrou baixa. Com saldo de -623 e queda de 0,35% ante junho.

Gastão Bittencourt, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio) do Ceará diz que a retração nos setores de Serviços e Comércio já era esperada. “Não era esperado um número tão grande, mas em agosto e setembro, algumas empresas já estão tentando retomar os número positivos”.
SERVIÇO
Pesquisa Caged

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