Durante 107 dias, Luís Miguel Epaminondas lutou pela vida na Neonatologia do Hospital Regional Norte (HRN), do Governo do Ceará, administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH). Nascido no dia 9 de julho prematuro de 30 semanas com apenas 1kg40g, a criança teve uma má formação e precisou se submeter a procedimentos cirúrgicos ainda recém-nascido.
No dia da alta, na sexta-feira, 23, a mãe da criança, Maria Rosilália Epaminondas Chaves, agradeceu pelo atendimento recebido. "Quero que Deus abençoe cada um de vocês para que continuem fazendo a diferença na vida dessas famílias porque não é só uma criança, é uma família que está renascendo hoje"
As complicações de Luís Miguel começaram ainda na gestação de Rosilália. Ela teve gravidez de risco com bolsa rota e passou a ser acompanhada pelo pré-natal na obstetrícia do HRN. “Precisei ser internada várias vezes durante a minha gestação”, conta.
A médica neonatologista Renata Freitas explica que o bebê teve muitas complicações graves. "A mãe teve amniorrexe prematura, que é quando a bolsa rompe antes do início do trabalho de parto. O bebê precisou ser internado na UTI Neonatal e teve repetidas complicações", avalia.
Com poucos dias de nascido, mais um susto: Luís Miguel precisou fazer uma laparotomia e a equipe diagnosticou uma apendicite e uma hérnia. “A criança teve uma má formação, e em virtude disso, uma apendicite e uma hérnia no canal inguinal. Foram intercorrências graves diagnosticadas e tratadas a tempo”, avalia a médica.
Luís Miguel teve ainda confirmado o diagnóstico de alergia à proteína do leite de vaca. A criança foi incluída no Programa de Alergia ao Leite de Vaca (ALV) do Governo do Estado que distribui fórmulas nutricionais especiais. O bebê também foi imunizado com o palivizumabe, medicamento que combate infecções respiratórias em prematuros.
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