A corrida para fortalecer a preservação ambiental vem ganhando destaque no noticiário geral. Isso porque o resultado da degradação causada pelo homem tem provocado mudanças climáticas que podem tornar-se irreversíveis, caso não sejam tomadas atitudes que amenizem tais impactos negativos. Neste cenário, a realização da 26ª edição da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, a COP, entre os próximos dias 31 de outubro e 12 de novembro, busca mais uma vez chamar a atenção para um tema que tem lugar de destaque dentro do Programa de Pós-graduação em Administração de Empresas (PPGA) da Universidade de Fortaleza (Unifor): a sustentabilidade.
Na última terça-feira, 26, as Nações Unidas lançaram o Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2021 que acendeu um alerta: nos próximos oito anos, é necessário que haja um esforço coletivo para reduzir as emissões anuais dos gases do efeito estufa. Só assim existe a possibilidade de manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C neste século e evitar danos catastróficos para a humanidade. Quer dizer, considerar estratégias e fortalecer as melhores condições para desenvolver pesquisas focadas nesse tema, de relevância global, é indispensável.
Aliando teoria e prática, o PPGA oferece oportunidades acadêmicas que englobam, além da pesquisa científica, chances de prever e agir sobre os possíveis futuros que se desdobram. “Estamos numa plataforma privilegiada para inovar e para pensar propostas de solução para questões desafiadoras para a sociedade e para a gestão. Diante de um futuro catastrófico, como esse que se coloca diante de nós num assunto como as mudanças climáticas, essa capacidade de intervenção assertiva, porque cientificamente embasada, é fundamental”, comenta Marina Figueiredo, coordenadora do PPGA.
O PPGA se destaca também por ser o único no Nordeste a trabalhar questões socioambientais como eixo estruturador, incentivando uma pesquisa mais voltada para a realidade local. A área de concentração de Fundamentos e Processos Estratégicos para a Sustentabilidade oferta vagas de Mestrado e Doutorado, abraçando três linhas de pesquisa: Estratégia e Competitividade; Organização e Sociedade; e Operações e Mercados. Segundo Fábio Marquesan, professor doutor do PPGA da Unifor, o programa tem como objetivo justamente produzir um conhecimento novo para construir um futuro melhor para todos. “A ideia não é só fazer um conhecimento executivo, comercial. Nós tentamos ir um pouco além. É produzir um conhecimento que ultrapasse os muros da universidade e que atenda à sociedade de uma forma mais ampla”, compartilha.
Exemplo disso é o trabalho realizado por Ednael Macedo, atualmente doutorando do PPGA da Unifor, em seu período como mestrando orientado por Fábio. A pesquisa abordou as políticas públicas de combate à seca no semiárido e suas implicações para o antropoceno, termo utilizado para se referir à nossa atual era, onde a atividade humana tem acelerado tanto o acúmulo de gases do efeito estufa que pode colocar em risco a própria sobrevivência.
“Foi um trabalho que me oportunizou tanto participar de eventos internacionais e nacionais, como também ter a publicação de um artigo em um periódico. É o que todo estudante de pós-graduação de stricto sensu espera: que publiquem suas pesquisas em periódicos. E essa publicação só foi possível porque a Unifor é uma referência nacional e internacionalmente. Essas oportunidades surgiram exatamente pelo know-how dos professores da Unifor trazerem uma discussão nova”, conta Ednael.
Cenário local
Uma das apostas da Pós-Graduação em Administração de Empresas é gerar soluções originais a partir do aprendizado universal compartilhado. “Acho que esse é o nosso papel na pós-graduação: escrever o futuro, escrever o amanhã. Fazer o diferente antes. Essa é a nossa missão. É assim que a gente tenta desenvolver os potenciais, os cérebros que vão nos buscar com vistas a ter um diploma, seja de mestre, seja de doutor, ou seja para desenvolver um estágio pós-doutoral”, analisa Fábio Marquesan.
Para Fábio, a proposta do PPGA é desenvolver, pensar e criar soluções baseadas no respeito à educação e à ciência, propondo esse conhecimento original que não seja simples reprodução, sem critério algum, de práticas produzidas fora do Brasil. “A ideia é que o conhecimento produzido em nível mundial, incluindo o nosso aqui, autóctone, possa ser cruzado, hibridizado de maneira a propor soluções inteligentes para o contexto local”, avalia o professor doutor.
Durante o programa, os alunos têm a oportunidade de transformar conhecimentos amplos em algo mais específico, aprofundando pesquisas. É o que coloca o PPGA trabalhando sempre com temas à frente do que vem sendo reproduzido.
Essas discussões trazem aos acadêmicos do PPGA perspectivas mais amplas, que favorecem o desenvolvimento de uma capacidade de análise crítica mais avançada, a partir da compreensão e interpretação dos fatos de maneira minuciosa. “O que a gente tem produzido e escrito aqui são problemáticas que abordam o cenário local e isso aumenta a produção acadêmica na região. Oferece produção acadêmica com discussão sobre problemas locais. Temos uma visão global, mas a discussão é sempre em relação a problemas locais. Isso é muito importante”, finaliza Ednael Macedo.
Inclusive, esse é um dos pontos que chamam a atenção de quem busca fazer a diferença na sociedade por meio das pesquisas em que atuam. “Podemos fazer, por exemplo, uma pesquisa quantitativa, que recolhe e analisa dados e produz informações importantes para a tomada de decisão de gestores, privados ou públicos. Também podemos fazer pesquisa-ação, que propõem a aproximação do pesquisador com os problemas e a realidade de grupos e de empresas. Em ambos os casos, temos a possibilidade de levar para a sociedade os resultados de pesquisas”, frisa a coordenadora do PPGA Marina Figueiredo.
Sobre o PPGA
O Mestrado e o Doutorado em Administração de Empresas estão com inscrições abertas até 19 de novembro.
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