sábado, 21 de julho de 2012

Posco busca engenheiros para siderúrgica

Empresa de engenharia e construção do grupo coreano quer selecionar 300 profissionais de nível superior até 2014

A expectativa é de que em 2014, no pico da obra, 23 mil empregos diretos e indiretos sejam gerados na construção da siderúrgica do Pecém Foto: Alex Costa

Engenheiros brasileiros de todas as especialidade estão sendo visados pela Posco Engenharia e Construção (PEC) - a empresa sul-coreana responsável pelas obras da estrutura física da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). De acordo com informações repassadas com exclusividade ao Diário do Nordeste pela PEC, 66 pessoas já foram contratadas e "o processo seletivo permanece contínuo". No total, a expectativa é de contar com 300 profissionais desta e outras áreas, para a edificação da CSP, em 2014, quando estará em curso o chamado pico das obras.

O profissional buscado pela PEC irá trabalhar diretamente na aplicação do projeto da siderúrgica, assim como na gerência dos trabalhos executados por outras empresas, contratadas pela construtora coreana para executar tarefas específicas da obra - como a Craft, responsável pela terraplenagem.

Com o início da cravação das estacas da CSP na última terça-feira, 17, a estimativa é de aumento do número de empresas geridas pelos engenheiros da PEC e, segundo a companhia detalhou, estas poderão ser do Ceará ou até mesmo da Coreia.

Caberá a estas empresas o alcance dos 23 mil postos prometidos somente com a construção da siderúrgica - com pico de 17 mil trabalhadores -, conforme o anunciado desde o lançamento do projeto da CSP.

Caráter gerencial
O número reduzido de profissionais contratados diretamente pela Posco Engenharia é explicado pelo caráter mais gerencial dos cargos, diferentemente do exigido para a mão de obra s selecionada pelas empresas que serão geridas por estes engenheiros. Deles, é exigido, além da formação em nível superior, inglês fluente. A gigante coreana ainda explica que, no futuro, outros setores deverão ser selecionados, principalmente, da área administrativa.

Os interessados nas vagas abertas devem encaminhar currículo para o email: poscoemcbrasil@gmail.com, que é administrado pela Gerência de Recursos Humanos da empresa. A PEC informou também que um banco de currículos está sendo feito e "os candidatos serão chamados quando abrirem vagas".

Atualmente, a empresa conta com dois escritórios no Ceará - um no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) e outro em Fortaleza - para operacionalizar suas ações.

Profissionais vindos de fora

Para ocupar funções relacionadas ao projeto e à construção em si da siderúrgica do Pecém, a Posco Engenharia e Construção informou ainda que tem a expectativa de ter, morando e trabalhando em terras cearenses, 100 coreanos até o fim deste ano. Para 2014, quando estiverem no chamado pico da obra, a meta é contar com 150 profissionais vindos da Coreia do Sul. Eles, assim como os brasileiros que foram e serão contratados pela construtora asiática, deverão coordenar os trabalhos das empresas subcontratadas.

Já sobre a quantidade de profissionais vindos do país asiático, a PEC afirmou que não há número fixo de funcionários em atuação nos escritórios do Estado. Isso deve-se ao regime de trabalho praticado, o que estabelece uma prática de idas e voltas da Ásia para o Brasil. Expatriados, ou seja, fora do país de origem, eles permanecem no Ceará por no máximo quatro meses e, então, devem voltar para a Coreia.

Mais coreanos no Ceará

Além dos coreanos vindos pela PEC, ainda importarão mão de obra do país asiático outras empresas que serão contratadas pela Posco Engenharia para a execução de obras específicas da siderúrgica, segundo estimativa da própria construtora.

Completam a lista de importadores de mão de obra sul coreano para a CSP as próprias empresas do setor siderúrgico Posco e Dongkuk. Atualmente, a reportagem apurou que encontram-se na região do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) empresas vindas da Ásia no próprio Pecém, assim como no Cumbuco e região costeira de São Gonçalo do Amarante.

O contrato assinado para a construção da CSP - empreendimento de propriedade compartilhada entre a brasileira Vale (50%) e as sul-coreanas Posco (30%) e Dongkuk (20%) - aconteceu dezembro de 2011.
ARMANDO DE OLIVEIRA LIMA
REPÓRTER

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