Motoristas de ônibus devem paralisar as atividades durante a Copa do Mundo. Foi o que avisou, ontem, em coletiva à imprensa, Domingos Neto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Ceará (Sintro). A decisão partiu após a retirada do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sindiônibus) da mesa de negociação.
Na manhã de ontem, durante a sétima rodada de negociação na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), o sindicato dos trabalhadores reduziu a proposta de reajuste de 18% para 15%. Já o sindicato dos empresários manteve a proposta de 6,67%.
"Essa atitude do Sindiônibus de romper as negociações demonstra que ele não está nem um pouco preocupado com a sociedade. Estamos convocando a categoria para na quarta-feira realizarmos uma grande assembleia. Se, até lá, não tivermos nenhuma novidade, a categoria vai decretar greve, que é um direito dos trabalhadores", frisou.
Neto acrescenta que os trabalhadores não aceitam que a justiça defina o valor do reajuste, já que ela não conhece a realidade da categoria. "O Sintro não concorda com o dissídio coletivo. Vamos lutar até o fim para que a decisão seja definida na mesa de negociação", destacou. A assembleia da categoria acontece na próxima quarta), às 9h e 15h.
Terrorismo
Dimas Barreira, presidente do Sindiônibus, informa que foi proposto um pacto pela cidade, no qual seguiriam com as negociações e os trabalhadores não parariam durante a Copa. "É um ato terrorista. Eles estão tentando colocar a cidade em cheque para conseguir benefícios maiores".
Barreira assegura que, se a categoria quiser negociar, o Sindiônibus aceita, desde que seja algo dentro da realidade. "Da nossa parte, se quiserem conversar é sempre bem-vindo. Mesmo encerrado a negociação, a gente reabre na hora. Se for para resolver a situação, eles podem contar com a gente", declarou.
dn
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