De abril a maio houve a eliminação de 8 mil postos de trabalho e 11 mil pessoas deixaram de procurar emprego
Em maio deste ano, a taxa de desemprego manteve-se relativamente estável na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), passando de 7,6%, em abril, para os atuais 7,5% da força de trabalho, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira, 25. Apesar de ser menor taxa para o mês de maio desde 2009 na RMF, a pesquisa revelou que houve declínio do nível ocupacional no mercado de trabalho e diminuição do rendimento médio real dos ocupados e assalariados no mês de abril.
“Isso mostra uma perda de dinamismo do mercado de trabalho. O nível de contratação do mercado perdeu força”, diz Mardônio Costa, analista do mercado de trabalho do IDT. “Houve um encolhimento da força de trabalho porque pessoas deixaram de procurar trabalho”. O analista ressalta que essa redução se deu principalmente entre mulheres e jovens de 18 a 24 anos. De acordo com a pesquisa, em abril eram 1.690 mil pessoas ocupadas na RMF ante 1.682 mil pessoas em maio.
Em maio, o contingente de desempregados foi estimado em 136 mil pessoas, 3 mil a menos do que no mês anterior. O número é o resultado da diferença da eliminação de 8 mil postos de trabalho e da saída de 11 mil pessoas da força de trabalho. Já o tempo médio de procura por trabalho despendido pelos desempregados passou de 24 para 25 semanas, no mês em análise.
Nível de ocupação
Na RMF, o nível de ocupação diminuiu 0,5%, em maio de 2014, estimando-se o contingente de ocupados em 1.682 mil pessoas. Segundo os setores de atividade econômica analisados, tal resultado decorreu da redução do número de postos de trabalho nos Serviços (-6 mil, ou -0,8%) e na Construção (-3 mil, ou -2,0%), relativa estabilidade na Indústria de Transformação (1 mil, ou 0,3%) e estabilidade no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas
Rendimentos
Entre março e abril de 2014, os rendimentos médios reais dos ocupados e assalariados diminuíram na mesma intensidade (-1,1%) e passaram a equivaler a R$ 1.149 e R$ 1.184, respectivamente. No setor privado, ocorreram decréscimos no rendimento médio real dos trabalhadores da Construção (-3,7%) e dos Serviços (-1,7%), na medida em que houve crescimento no da Indústria de Transformação (1,4%) e no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (2,0%).
Por posição na ocupação, houve relativa estabilidade do rendimento médio real entre os assalariados com carteira assinada (-0,1%) e redução entre os sem carteira assinada (-1,7%), enquanto registrou-se variação negativa para os Autônomos (-0,5%) e redução no setor Público (-0,8%).
Redação O POVO Online
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