domingo, 22 de junho de 2014

Escoltas têm papel decisivo na Copa

Ao redor de uma seleção de futebol que chega ou que vai, ou Chefe de Estado, há um aparato de segurança em motos, carros e helicóptero. As atenções estão voltadas para a figura célebre ou autoridade, seja em ônibus ou um carro blindado. A do inspetor Marcos Sena e dos policiais sob o seu comando também. Em temporada de Copa do Mundo, tem sido decisivo o trabalho das polícias Federal, Militar e do Exército Brasileiro.
Entre as escoltas estão de seleções, comissões técnicas, árbitros nos deslocamentos durante a estadia na Capital. Nesta semana, o Ministro da Justiça Eduardo Cardoso, que veio supervisionar os trabalhos de segurança pública no Estado, e o 1º Ministro da Namíbia, Hage Geingob.
Entre os dias 12 e 20 de junho foram realizadas 76 escoltas, a maioria feita pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que é responsável pelo comando de todas, mesmo as feitas pela Polícia Militar (34) ou Exército (2).
As escoltas da PRF são constituídas, em média, por oito batedores, duas viaturas contendo oito componentes operacionais, duas viaturas da Polícia Federal com seis componentes ao todo, e dois agentes da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC). "Cada tipo de operação depende da distância, o tipo de rota, e da pessoa que é escoltada. A Polícia Federal só participa de escoltas de Chefes de Estado", explica o Inspetor da PRF Marcos Sena. No chegada de um Chefe de Estado atuam, ainda, oito batedores do Exército Brasileiro.
As operações têm um tempo médio de descolamento de 22 minutos. Os principais trechos de deslocamentos estão entre Aeroporto Internacional Pinto Martins, Base Área de Fortaleza, hotéis e a Arena Castelão.
O Exército Brasileiro se apresenta com batedores em escolta no caso da Presidente Dilma e convidados da Fifa, como os que representam as confederações esportivas.
Copa do Mundo
A copa do mundo no Brasil é u evento inédito pelo menos para as últimas duas gerações de brasileiros. Ver os jogadores chegarem é um momento disputado por muitos que querem se aproximar. A escolta é o limite.
"No caso da Federal, fazemos nivelamento entre os agentes, passamos para todos o reconhecimento da rota, para que haja erro do trajeto ou mesmo para o caso de ter que seguir outro caminho. No contexto geral, a missão tem ocorrido com tranquilidade na missão de coordenar o andamento das escoltas, independente de ser da PRF, do Exército ou Polícia Militar", explica o inspetor da PRF.
Das mais de 70 operações, as mais delicadas envolviam, por motivos óbvios, a seleção brasileira de futebol. Houve protestos dos movimentos sociais. A escolta precisou desviar o trânsito e seguir uma outra rota. "Para cada escolta, temos pelo menos três rotas protocolares", afirma Marcos Sena. A falta de uma escolta ajuda a explicar a importância desse tipo de operação: um ônibus com adesivos da Fifa que seguia, sem escolta, para a Arena Castelão, foi alvo de pedras e cones arremessados por manifestantes que protestavam na Avenida Alberto Craveiro, mas proximidades do estádio.
Foi necessário um isolamento da área pela polícia para viabilizar a saída das pessoas do coletivo. Embora fosse um ônibus "oficial" do evento organizado pela Fifa, não tinha garantias de escolta, conforme a PRF, por se tratar de uma situação de uso estritamente privado: era utilizado por uma empresa patrocinadora do evento.
A Polícia Rodoviária Federal recomenda que, diante das escoltas, as pessoas não desçam as calçadas nem avance as grades de contenção que existem em alguns locais, sobretudo na chegada de hotéis onde as seleções de futebol se hospedam. É proibido avançar para dentro de um grupo que está em deslocamento de segurança.
Melquíades Júnior
Repórter


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