Deputada estadual pelo PSD, a deputada Érika Amorim denunciou episódio de violência de gênero durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa, realizada pelo sistema híbrido, presencial e remoto, nesta quinta-feira (16/12). Durante discussão acalorada entre parlamentares, a deputada, que presidia os trabalhos, alegou se sentir desrespeitada.
“Enquanto mulher, terceira secretária da Mesa Diretora, não é a primeira vez que, estando presidindo a sessão legislativa e, em meio ao desejo de os deputados expressarem suas ideias, me senti ultrajada. Desrespeitada por homens parlamentares que infelizmente reforçam o machismo e reforçam as situações de violência, seja moral, institucional, política ou de gênero, que nós vivemos diariamente”, enfatizou a deputada, procuradora adjunta da Procuradoria Especial da Mulher.
Para Érika, é preciso uma reflexão não apenas na Casa, mas na sociedade de forma geral. “Hoje, a minha voz foi interrompida por diversas formas. A minha palavra enquanto presidente não foi acatada. O meu desejo, a minha luta, é que quando uma mulher tiver o seu direito de fala, que sua voz seja escutada com respeito. É o mínimo que nós esperamos”, disse.
Deputados presentes se solidarizaram com a parlamentar e repudiaram a ação. A Procuradora da Mulher no Legislativo, a deputada Augusta Brito (PCdoB) também se pronunciou. “Eu fico muito triste em presenciar mais de uma vez nesse plenário o que sempre vem sendo feito por uma minoria, de tirar o crédito da deputada que está aqui presidindo, de tirar o mérito da decisão que ela toma enquanto presidente. Vamos parar de tentar amedrontar seja lá qual for o parlamentar, especialmente uma parlamentar mulher. Aqui nós não temos medo de grito”, concluiu.
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