sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O mundo é um tambor

Cearense de Caucaia ajudou o Brasil a conquistar, nas pistas dos EUA, o tri mundial dos três tambores

Uma amazona cearense, Elenir Forte, brilhou na edição 2014 da National Barrel Horse Association (NBHA) World Championship (Mundial de Três Tambores), evento disputado no período de 26/10 a 1º/11 na cidade de Perry, no Estado da Geórgia/EUA.
Elenir, com o cavaleiro paranaense - da cidade de Cianorte - Hugo Ribeiro, deu um show de habilidade, destreza e velocidade para subir ao lugar mais alto do pódio com o parceiro, faturar o título e garantir ao Brasil o tricampeonato da NBHA.
A reportagem bateu um papo com a caucaiense, fera dos três tambores, na terça-feira passada, 18, tendo como cenário o Haras Dourado. Com chapéu e roupas de caubói, a campeã mundial já foi dizendo da sua emoção com o feito que alcançou nos EUA. "Foi muito emocionante a vitória no Mundial da NBHA. Nunca pensei chegar a competir em outro país, ainda mais representando Brasil, e conquistar o título do evento", afirma a amazona cearense.
E a vaga para disputar o Mundial nos EUA não veio de bandeja. A caucaiense conta que garantiu presença no Mundial em Perry após superar uma seletiva estadual. "Consegui a vaga para o Mundial após vencer as três etapas da seletiva organizada pela NBHA Norte/Nordeste, montando a égua Attempt, animal do Haras Fazenda Trapiá, do criador Moacir Maia", lembra a amazona cearense.
Além de ter que ralar bastante para assegurar a classificação, "o passe", como explica a amazona, para formar a equipe brasileira com o paranaense Hugo, Elenir teve que encarar os rivais dos outros nove países: a dupla da casa, dos EUA, mais França, Argentina, Panamá, Austrália, Paraguai, México, Uruguai e Canadá. E tudo isso montando um animal desconhecido. "No Mundial, não competimos com nossos animais. São animais escolhidos pela organização, que a gente não conhece", explica.
Sorteio
De acordo com Elenir, 20 animais foram selecionados pela organização e um sorteio definiu as montarias a serem usadas. "A gente não podia montar antes do sorteio. E após sorteado o animal, eu e meu parceiro pudemos montar o cavalo por 15 minutos para 'sentir' o animal. Depois disso, só na hora da prova".
Contudo, Elenir, frisou, que "a gente teve sorte que meu parceiro pegou um cavalo bom, que deu para ele tirar um tempo de 16s200. E aí a gente já saiu na frente. E com o tempo que consegui, 16s813, alcançamos a média necessária para vencer a competição".
Característica
A amazona ressalta que as provas de três tambores não fazem distinção de sexo ou idade. "O tambor é um esporte de família. Tanto compete homem, mulher, criança... Não depende de idade, e está crescendo. No Mundial havia muitas mulheres competindo, pessoas acima de 50 anos, o tambor é muito forte nos EUA".
Saiba mais
Organização
O Mundial de Três Tambores é organizado pela NBHA - National Barrel Horse Association, com sede nos EUA e unidades em 25 países, como no Brasil. Na edição do evento em Perry, na Geórgia, cavaleiros e amazonas de 10 países brigaram pelo título
Classificação
A dupla - cavaleiro e amazona -, no caso do time brasileiro, que disputou o Mundial nos EUA, foi definida em seletivas estaduais realizadas pela NBHA Paraná - Hugo Ribeiro e NBHA Norte/Nordeste - Elenir Forte
Representante
A NBHA Brasil, que por sua vez conta com unidades em vários estados, é presidida por Marcelo Delchiaro, enquanto Douglas Pedrosa comanda a NBHA Ceará
Moacir Félix
Repórter


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