sábado, 17 de setembro de 2011

É possível conservar cadáveres intactos sem congelá-los?

Não só é, como esse é justamente o tema da exposição Corpo Humano: Real e Fascinante, em cartaz em São Paulo: corpos reais dissecados e conservados por um processo chamado plastinação. A técnica, inventada pelo alemão Gunther von Hagens, em 1977, consiste em nada mais do que substituir os fluidos corporais por polímeros (silicone, resina de epóxi e poliéster), o que permite que os órgãos adquiram plasticidade e permaneçam sem cheiro e secos. Os corpos expostos em São Paulo têm deixado muita gente impressionada, mas, no meio médico, a plastinação não é novidade: muitas faculdades têm partes do corpo humano plastificadas nos seus laboratórios para aulas de anatomia. A Universidade Federal do Rio de Janeiro, inclusive, tem uma unidade dedicada especificamente à plastinação de corpos. A técnica só não é mais difundida por causa do custo - a plastinação de um corpo consome cerca de 60 mil dólares - e da polêmica sobre a origem dos corpos. De acordo com seu inventor, todos os espécimes utilizados foram doados pelos "donos" em vida ou esquecidos no necrotério. Mas há quem duvide dessa versão: dizem que Gunther von Hagens e seus seguidores obtêm os cadáveres no mercado negro. De qualquer forma, quem desejar pode doar o corpo para ser plastinado e exibido nos museus do mundo inteiro. Basta entrar no site da exposição, Body Worlds (body-worlds.com), para saber como fazer a doação. Agora, se você só está curioso para saber o que eles fazem com esses cadáveres, dá uma olhada no infográfico

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