Gestores de Caucaia, Maracanaú, Maranguape e Aquiraz deverão participar de reunião que será realizada na próxima sexta-feira, 23
O Ministério Público Federal (MPF) decidiu convocar prefeitos e secretários de saúde de quatro municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) para discutir problemas no atendimento de gestantes e recém-nascidos. A reunião será realizada na próxima sexta-feira, 23 de agosto, na sede da Procuradoria da República no Ceará (PR/CE). Caucaia, Maracanaú, Maranguape e Aquiraz ocupam os primeiros lugares da lista de municípios que mais encaminham pacientes para as unidades de saúde da capital cearense.
Os números relacionados ao atendimento de pacientes oriundos da RMF e do interior foram apresentados nesta segunda-feira, 19, durante encontro entre o procurador da República Oscar Costa Filho e representantes de hospitais que atendem gestantes e recém-nascidos em estado grave. Também participaram da reunião o secretário estadual de Saúde, Arruda Bastos, e o coordenador de Gestão Hospitalar de Fortaleza, Francisco Pereira de Alencar.
De acordo com os dados levantados no Hospital Geral Dr. César Cals, Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac) e Hospital Geral de Fortaleza (HGF), além de provocar superlotação, a transferência de pacientes contribui para um alto número de morte de gestantes. Somente este ano, 31 mulheres morreram nas três unidades de saúde, sendo que 20 delas não eram residentes em Fortaleza e foram encaminhadas por outros municípios.
"As pacientes chegam em estado grave porque falta atendimento primário no interior. Muitas morrem na porta dos hospital", afirmou Francisco José Eleutério, chefe do serviço de obstetrícia do HGF. Cerca de 70% das mortes de gestantes ocorridas no hospital foram de mulheres que vieram de outras cidades.
Para Arruda Bastos, além de solucionar os problemas que vêm com o excesso de demanda de outros municípios, é preciso colocar em funcionamento novos leitos. Segundo o secretário, há 30 leitos no Hospital da Mulher e cinco no Hospital Gonzaguinha de Messejana que poderiam atender gestantes e recém-nascidos. Esses leitos estariam em operação, se não faltassem insumos, equipamentos e pessoal especializado.
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