A sensação era de surpresa para quem entrava, ontem, no ônibus da linha Metrópole (Municipal/Urbana), em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Diferente dos modelos tradicionais, o coletivo tem duas catracas: uma destinada a carteiras de estudante com crédito, Vale Transporte Eletrônico (VTE) e Cartão do Idoso; outra, a quem preferir pagar a passagem em dinheiro ou que não tiver carga na carteira de estudante — e ainda para os idosos sem identificação do benefício de gratuidade.
Conforme Luís Guimarães, gerente administrativo da empresa Vitória, que opera o transporte público da Cidade, a ideia surgiu ao observar modelos já existentes no País, principalmente no Rio de Janeiro. “A função da catraca dupla é agilizar para o passageiro na hora do embarque”, explica. “Enquanto um (passageiro) paga em dinheiro e espera o troco, outro, caso tenha uma das opções da outra catraca, não precisa esperar”, afirma.
Os testes começaram com um ônibus e seguem até a próxima semana. Ao todo, dez coletivos com a nova função farão parte da frota do Município, que passará a ter 236 veículos. Em Maracanaú, também na RMF, quatro ônibus já operam com catraca dupla há cerca de quatro meses.
Para a professora Socorro Cavalcante, 32, a catraca dupla faz com que não se perca tempo na fila. “Vai melhorar muito, principalmente nos horários de pico”, projeta. Já para a secretária Mayara Costa, 26, a funcionalidade ainda é “confusa”. “Tudo que é novo precisa de tempo para adaptação”, dialoga.
Ajustes
O motorista da linha-teste João Ferreira, 55, diz que é preciso fazer ajustes. Segundo ele, o validador (máquina de leitura das carteirinhas) fica distante do painel do veículo. “Como nesta fase (de teste) sou eu que tenho que liberar a catraca, a pessoa pode me dizer que tem crédito na carteirinha sem ter, e eu libero. Não tem como verificar o saldo no validador, porque tá longe”, indica.
Os testes pretendem verificar as imprecisões, além da forma como será feita a prestação de contas, visto que, com duas catracas, haverá dois registros de pagamento. “O sistema que eu tenho hoje ainda não contempla essa conta”, reconhece Luís Guimarães.
o povo
Algo próprio de um país subdesenvolvido!
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