quarta-feira, 17 de março de 2021

Dia do Siderúrgico: conheça o mercado e a paixão de quem produz aço do Ceará para o mundo

 


Anália Cristina tem 42 anos de carreira e o Alisson Dias herdou do pai a vocação. Eles trabalham na CSP e comemoram a trajetória neste dia 17 de março, o Dia do Siderúrgico  

Desde criança, o sonho de profissão já era anunciado pelo Alisson Dias: ser siderúrgico. O encanto foi aprendido com o pai, que trabalhou e se aposentou produzindo aço. O primeiro contato com a vocação partiu da curiosidade em entender como era possível o aço ser gerado basicamente do minério de ferro e do carvão. O primeiro emprego foi na função de mecânico de manutenção. Hoje, Alisson Dias é gerente de Sinterização da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), onde trabalha há seis anos.   


Nesta quarta-feira (17/03), quando é comemorado o Dia do Siderúrgico, ele também celebra o próprio aniversário. “O pessoal diz: ‘o senhor gosta tanto da siderurgia que, até pra nascer, nasceu no dia da profissão’”, brinca o engenheiro. Dos 37 anos de idade do Alisson Dias, 18 anos foram percorridos já na carreira de siderúrgico. E ele resume porque continua apaixonado pelo ofício. “Eu me sinto muito feliz de trabalhar em uma empresa cujo ramo é essencial para o nosso dia a dia e para o nosso conforto. O aço faz parte da nossa vida, é só olhar ao seu redor”.  

A química de Anália na produção do aço 

No mês da mulher, representando a força feminina na siderurgia, a Anália Cristina Pereira, de 64 anos, também conta como o segmento a conquistou. Já são 42 anos trabalhando em siderúrgicas. Na CSP, ela está há seis anos. “Vi os tijolos sendo levantados. Não só a construção física, mas também a construção da cultura organizacional da CSP”.   

Formada em Química, a especialista em Laboratórios da CSP, compartilha que se realizou na profissão. “Sou realmente apaixonada pelo o que eu faço. Para mim, esses 42 anos de siderurgia são apenas um número, não parecem ter sido uma vida. Eu faço o que gosto”, conta.  

Para quem busca trabalhar na siderurgia, ela aconselha que a escolha seja feita de acordo com a sua vocação, porque a trajetória demandará muito estudo e percepção macro do negócio da empresa. “Veja aquilo que você gosta de fazer e você será um excelente profissional. A nossa vida é feita de etapas. Eu entrei na siderurgia, no Laboratório, no cargo mais baixo que tinha e fui crescendo. Quem se prepara melhor, tem maior chance”, aconselha a profissional.   

  

Nova geração de siderúrgicos no Ceará  

A siderurgia é milenar, mas está sempre dando novas oportunidades a jovens, como é o caso de Maria Juliana Martins da Silva, 21 anos, de São Gonçalo do Amarante (SGA). Ela via os amigos começando a trabalhar na CSP, enquanto concluía o Ensino Médio. Após completar 18 anos, inscreveu-se no Programa Aprendiz CSP e foi selecionada. Hoje, ela é operadora de produção no Alto-Forno da CSP. “Eu queria muito saber como era produzido o aço. A área onde estou é muito ampla, então, a cada dia, tenho um novo aprendizado. É muito gratificante ver que estou evoluindo cada vez mais”, conta a gonçalense.   


“Muita gente de São Gonçalo entrou na CSP como aprendiz, e muitos já foram efetivados há anos, desde quando a CSP começou a funcionar. E percebo que tem crescido, cada vez mais, o número de pessoas da região que entram na siderúrgica e conseguem o emprego. Para o meu futuro, pretendo evoluir cada vez mais. Planejo fazer uma graduação em Engenharia Metalúrgica, para me especializar na minha área de trabalho”, projeta Maria Juliana.  


Oportunidades disponíveis  

O aço produzido na CSP é fruto do trabalho de 2.500 pessoas que estão empregadas diretamente na usina do Pecém, além de outros milhares de empregos terceirizados e indiretos. A empresa tem capacidade de produzir, até agora, 230 tipos de aços ao carbono feitos em São Gonçalo do Amarante (CE) e já comercializou para 24 países diferentes, onde serão recebidos pela indústria naval, de óleo & gás e automotiva, e na construção civil.   

O ramo gera empregos para os mais variados cargos, contemplando profissionais graduados e técnicos. É possível atuar em diversas etapas da produção do aço, distribuídas, basicamente, em seis áreas: o pátio de matérias-primas, destinado ao recebimento de insumos utilizados na produção de aço; a coqueria, responsável pela destilação e aglomeração do carvão mineral; a sinterização, unidade destinada à aglomeração de finos de minério de ferro; o alto-forno, destinado à produção de ferro-gusa líquido; na aciaria, onde o ferro-gusa líquido recebido do alto-forno é dirigido a estações de pré-tratamento; e o lingotamento contínuo, etapa final da produção de placas de alta qualidade.  

A CSP divulga as ofertas de vagas na página da empresa no Linkedin (https://www.linkedin.com/company/cspecem/) e os interessados podem se candidatar por meio do site, na aba Trabalhe Conosco (http://www.cspecem.com/pt-br/trabalhe-conosco/). 

  

Existem ainda as portas de entrada para os jovens que estão em busca do primeiro emprego e os recém-formados, com oportunidades também para pessoas com deficiência (PCD). O programa Jovem Aprendiz, em parceria com o Senai, capacita nas atividades de operador de processos siderúrgicos e operador de manutenção eletromecânica.   

Já o programa de Trainee oferece o desenvolvimento profissional por meio de treinamentos técnicos, atuação em projetos, trabalho em equipe, job rotation e mentoria com profissionais de grande vivência no setor siderúrgico. Com duração de um ano, os participantes têm a experiência de trabalhar em um ambiente multicultural, de aprendizado constante e contato direto com lideranças.  

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