terça-feira, 18 de setembro de 2012

Caucaia: Cidade do Atacado já tem contratos com China e EUA

Antes mesmo de ter lojistas instalados no seu primeiro e recém-construído pavilhão, a Cidade do Atacado, em Caucaia, já tem contratos assinados e em negociação com empresas especializadas em logística - que realizam transporte, armazenagem e distribuição de cargas - e outras ligadas ao setor de eólicas dos Estados Unidos e da China, além de outros estados brasileiros e da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
O interesse destes empresários, segundo contou o gerente regional da empresa contratada para comercializar os espaços do empreendimento (a Colliers), Antônio Americano, é ter uma base para reencaminharem as cargas transportadas por eles aos destinos finais.
Setor eólico
"Neste caso, temos tido negociações com empresas da Região Metropolitana de Fortaleza - estas mais voltadas para transporte e logística - e redes varejistas, de supermercados; de móveis; de utensílios domésticos, distribuidores de auto-peças; e material de construção", detalhou. Ele ainda informou que os demais interessados deste ramo têm sede em São Paulo, Pernambuco e Bahia. Já para as empresas ligadas ao setor eólico, caso dos chineses e norte-americanos, o diretor revelou o interesse de usar áreas exclusivamente para armazenar os equipamentos usados na montagem de parques eólicos no Ceará.
"Eles fabricam em Itu e trazem para cá, via Porto do Mucuripe. Daí, pediram uma área de 40 mil metros quadrados para estocar as peças até levarem para a montagem", contou.
Infraestrutura adaptável
Para atender as necessidades de cada um dos clientes em negociação, Americano destacou a mobilidade da Cidade do Atacado e garantiu que "em 30 dias dá para aprontar uma área".
Apesar de possuir características padrões, que satisfazem a maioria das empresas, como a capacidade de seis toneladas por metro quadrado e até seis docas por módulo, a possibilidade de atender às exigências também é fácil de resolver. "Como o galpão é padronizado, com módulos de 39,7 mil m², cada, e chamado de classe A, a gente só acerta os detalhes", afirmou.
As chamadas "indústrias de baixo impacto ou não-poluentes" também devem ter espaço interno de 1,4 milhão de metros quadrados, no empreendimento, que se propõe a ser um dos maiores centros de comércio atacadista da América Latina.
Para este setor, o diretor da Colliders citou contatos como uma indústria de cosméticos, que exigiu um espaço para manusear os produtos que chegam na Cidade do Atacado. Diferente das empresas de logística, ele observou da exigência de licenças ambientais específicas para permitir a instalação do negócio.
Concorrência regional
Americano ainda contou que apenas Pernambuco possui empreendimentos semelhantes à Cidade do Atacado, o que, apesar da proximidade, dá ao Ceará uma vantagem no que diz respeito à distribuição para estados do Norte, além do estados nordestinos mais próximos.
Ele chegou a ressaltar a carência na Bahia de centros de distribuição nos moldes do empreendimento comercializado pela Collider, no Ceará, como uma grande fonte de oportunidades naquele estado.
"Aqui, nós teremos um centro do mesmo nível encontrado em São Paulo e no Rio de Janeiro, com infraestrutura para alimentação, higiene e segurança funcionando 24 horas", ressalta.
Fonte: Diário do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário