sexta-feira, 1 de maio de 2015

BNDES aprova R$2,3 bi para Companhia Siderúrgica do Pecém

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira, 30, a aprovação de empréstimo de R$ 2,3 bilhões para a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Sociedade entre a Vale (50%) e as sul-coreanas Dongkuk (30%) e Posco (20%), a usina tem o início da produção previsto para 2016. Em março, o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, revelou que o financiamento seria aprovado no primeiro semestre.
Segundo informou o BNDES em nota à imprensa, a usina, em construção em São Gonçalo do Amarante (CE), terá capacidade de produção de até 3 milhões de toneladas por ano de placas de aço. O investimento total está orçado em cerca de R$ 12,7 bilhões, nos cálculos do banco.
Além do BNDES, bancos comerciais e agências de crédito coreanas como a Korea Trade Insurance Corporation (Ksure) e o Korea EximBank devem complementar o financiamento, como mostrou o Broadcast em março.
Em janeiro, o banco francês BNP Paribas aprovou um empréstimo-ponte de US$ 240 milhões por seis meses para a construção da usina, o segundo do projeto. O primeiro, no valor de US$ 900 milhões, foi contratado pela CSP com um "pool" de bancos formado por Santander, HSBC e as instituições financeiras coreanas Korea Finance Corporation (KoFC) e Nonghyup Bank.
Além de US$ 1,2 bilhão injetado via financiamentos de curto prazo, cerca de US$ 2 bilhões em capital próprio já foram aportados pelos acionistas na CSP. Desse montante, a Vale investiu US$ 1 bilhão desde 2011.
Segundo o BNDES, toda a produção da nova siderúrgica, a princípio, será destinada à exportação. A usina está inserida no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, a 8 quilômetros do Porto do Pecém, que é interligado por um sistema de correias transportadoras que também atende a outros empreendimentos. O governo do Ceará está expandindo o Porto do Pecém.
Ainda conforme a nota distribuída pelo banco de fomento, a CSP será a primeira empresa a operar no país em regime de Zona de Processamento de Exportação (ZPEs), áreas de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de empresas com produção voltada predominantemente para a exportação e com tratamento tributário e cambial específico, que inclui suspensão e posterior isenção de impostos federais.
O BNDES informou ainda que o empréstimo contempla apoio aos projetos sociais da CSP no entorno da usina. "A empresa investirá R$ 30 milhões em iniciativas voltadas para a infraestrutura social, educação e cultura, governança regional e ações para inclusão de jovens e geração de renda", diz a nota do BNDES.

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