O atual processo de emancipação dos distritos de Jurema (Caucaia) e Pajuçara (Maracanaú) já se arasta, formalmente, há pelo menos sete anos.
Maior entusiasta do desmembramento da Jurema, o presidente da Associação do Movimento Emancipalista daquele distrito, Luiz Carlos Farias, diz que a população local é unânime em aprovar a emancipação da localidade.
"Existe uma expectativa muito grande por conta da Jurema já ter passado por processo de emancipação na década de 90”, recorda Farias. De acordo com ele, àquela época, o desmembramento não ocorreu por falta de participação da população, que teria ignorado o plebiscito realizado na localidade.
Hoje, mais de uma década depois, o distrito de Jurema - o maior do País - já tem contingente populacional suficiente para se tornar o quinto município mais populoso do Ceará.
Para Luiz Carlos Farias, a decisão do TRE de barrar a lei estadual foi equivocada. A mesma opinião é compartilhada com o presidente da Associação do Movimento Emancipalista da Pajureça (Amep), Ribamar Viana. Segundo ele, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral frustrou as expectativas de grande parte da população de Maracanaú, que aguarda a emancipação da Pajuçara pelo menos desde 2005.
Para Ribamar, o desmembramento da localidade poderá levar à Pajuçara recursos importantes para o desenvolvimento daquele distrito. "A Pajuçara é vista como um local violento, mas é exatamente a falta de atenção especial ao distrito que torna frágeis alguns aspectos da localidade, que já tem cerca de 50 mil habitantes", avalia.
Raquel Maia
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