Blocos de concreto do antigo pedágio permanecem no local, elevando risco de acidentes. Pedestres e motoristas relatam falta de segurança e sinalização. Mais de dois meses após o fim cobrança do pedágio na ponte sobre o Rio Ceará, moradores, pedestres e motoristas que trafegam diariamente pelo trecho reclamam de abandono. Segundo eles, desde 31 de março, data que marcou o fim da cobrança, a via não recebeu nenhum tipo de manutenção. Além disso, a estrutura do antigo pedágio ainda não foi completamente removida. Os blocos de concreto que serviam como base para as cancelas e cabines ainda estão entre as faixas, expondo condutores a possíveis colisões.
Os acidentes tornaram-se constantes após o fim da cobrança, representando um risco, tanto para motoristas, quanto para pedestres FOTO: KID JÚNIOR
Anax Vasconcelos, comerciante e residente das proximidades do antigo pedágio, diz que os acidentes tornaram-se constantes após o fim da cobrança, representando um risco, tanto para motoristas, quanto para pedestres. "Está muito perigoso porque os motoristas agora andam em alta velocidade. Não tem nenhum sensor ou placa, nem para quem quer atravessar a pista. Faltam segurança e manutenção", afirma o comerciante.
O motorista Daniel Gomes trabalha na região e diz que os maiores prejudicados são os pedestres. "Tem muitos colégios por aqui e as crianças precisam atravessar a via", comenta. Para ele, os blocos de concreto fazem com que os condutores precisem reduzir a velocidade, mas os descuidos são frequentes, devido à falta de sinalização. "Alguns caminhões e carros maiores já bateram na lateral desses blocos. É perigoso, se o carro vier em alta velocidade e não perceber que eles ainda estão ali. O risco de acidente é grande", alerta.
Insegurança
O empresário Paulo Sérgio Conde cruza a ponte diariamente e acredita que as estruturas de concreto facilitam a ação de bandidos. "Aqui é uma região muito perigosa. Já presenciei alguns elementos próximo a esses blocos esperando as pessoas reduzirem a velocidade para assaltar", relata o empresário.
A Autarquia Muncipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) assegura que agentes de trânsito estão sendo constantemente enviados ao local, nos horários mais movimentados, para auxiliar motoristas e pedestres. Atualmente, engenheiros do órgão estão realizando estudos em busca de alternativas para facilitar o tráfego.
A equipe de reportagem tentou contato com a Secretaria de Infraestrutura de Fortaleza (Seinf), responsável pela manutenção da rodovia, para dar esclarecimento sobre a retirada completa da estrutura do antigo pedágio e de possíveis obras para o local. Ma, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.
dn
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