O que era para ser uma manifestação pacífica terminou em confronto e deixou um cenário de guerra na Avenida Barão de Studart, em frente ao Palácio da Abolição, no segundo dia de protestos em Fortaleza.
Alguns manifestantes tentaram invadir a sede do governo estadual, entrando em embate com a Polícia. Cerca de 55 pessoas foram detidas, inclusive um dos líderes do movimento.
Até a cavalaria da Polícia entrou em ação, na tentativa de dispersar parte dos manifestantes. Algumas pessoas tentaram incendiar carros com maçaricos, e quebraram janelas de um hospital do Meireles, no entorno do Palácio.
A Polícia utilizou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar o grupo que tentava entrar no local. Alguns revidavam jogando pedras e fogos de artifício contra policiais. Boa parte dos manifestantes reprovou a tentativa de invasão, e até ajudou a Polícia a deter um dosvândalos. Um policial militar foi ferido com pedrada no rosto.
No Palácio, foram quebrados vidros e depredada a guarita.
Protesto começa sem conflito
A manifestação foi iniciada no fim da tarde desta quarta-feira (20), na Praça Portugal. A maioria dos participantes condenou o uso de bandeiras partidárias.
O protesto seguiu para a Assembleia Legislativa, que já estava protegida com barreiras e tapumes, para inibir qualquer tentativa de depredação. No caminho, um grupo tentou pichar alguns muros na Av. Desembargador Moreira, mas os próprios manifestantes evitaram o ato de vandalismo.
Na AL, um grupo pediu a presença do secretário de Educação de Fortaleza, Ivo Gomes, para discutir problema da meia-entrada estudantil. Também pediram paz.
Na ocasião, foram negociadas 3 pautas: redução da passagem de ônibus, passe livre para estudantes, desempregados e autônomos e entrega de carteirinhas de estudantes. Decidiu-se que 7 representantes dos manifestantes vão à Assembleia Legislativa (CE), às 10h desta sexta-feira (21), conversar com o presidente da entidade.
Em seguida, o protesto seguiu para o Palácio. Os manifestantes chegaram cantando o Hino Nacional.
DN
A bomba de "efeito moral" propriamente dita é parecida com a granada militar comum. O nome "efeito moral" era um termo usado durante a ditadura para enganar as pessoas acerca dos seus potenciais estragos e cujo nome se prolonga erradamente até aos dias de hoje.E porque este nome não está correto? Porque na prática estas ditas bombas fazem estragos, contusões graves em que se encontrar por perto. Em altas concentrações o gás lacrimogênio pode ser letal se lançado por pessoal pouco treinado.
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