A Petrobras conseguiu atrair interessados para dois projetos de refino no Nordeste, em movimento aguardado pelo mercado devido ao peso dos investimentos sobre o caixa da estatal.
Foto: Kleber Alves Gonçalves
A petroleira informou nesta quarta-feira (19), que assinou uma carta de intenções com a chinesa Sinopec para eventual formação de joint venture para implementação do projeto da Refinaria Premium I, no Maranhão.
Na semana passada, a Petrobras informara acordo semelhante com GS Energy Corporation, para a refinaria Premium 2, no Ceará.
Parceria tem objetivo de desenvolver estudos conjuntos
As parcerias, contudo, têm como objetivo desenvolver estudos conjuntos para os projetos e não geram obrigação entre as partes após o levantamento de viabilidade.
"Encontrar um parceiro seria positivo para a Petrobras devido aos investimentos elevados que as refinarias greenfield necessitam", afirmam os analistas Oswaldo Telles e Frederico Lebre, do banco Espírito Santo (BES).
O acordo com a Sinopec foi assinado em 11 de junho, segundo a Petrobras, depois que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou no final de fevereiro que o governo federal e a Petrobras estavam negociando uma parceria com a Sinopec para completar as obras das refinarias Premium I, no Maranhão, e Premium II, no Ceará.
A Petrobras planejava construir as refinarias no Maranhão e no Ceará até 2018, o que ajudaria a empresa a diminuir a sua dependência de importação de derivados.
O crescimento do parque de refino não acompanhou nos últimos anos a disparada do aumento da demanda por derivados, entre outros motivos, devido à falta de interesse de investidores no segmento.
Apesar de o monopólio estatal ter sido quebrado no final da década de 90, a iniciativa privada pouco se interessou devido a temores com a política de preços da Petrobras, que não acompanha imediatamente as cotações internacionais dos combustíveis.
Segundo analistas, a Petrobras poderá estudar um maneira de garantir retorno comercial aos seus parceiros nesses empreendimentos novos, sem que estes amargassem prejuízo com uma eventual desfasagem entre preços domésticos e internacionais.
dn
E se o Governo do Ceará deixasse a refinaria 100% para a iniciativa privada, e aplicasse o dinheiro(os muitos bilhões) deste investimento em escolas e hospitais com infraestrutura de qualidade, com profissionais de qualidade e com professores e enfermeiros bem remunerados? A Educação agradecia! A Saúde agradecia!O Povo agradecia!
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