O trabalho com Aprendiz PCD (Pessoa com Deficiência) já rendeu premiação pública à siderúrgica como empresa que se destaca na inclusão no Ceará.
A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) celebra 5 anos da formação da sua primeira turma de Aprendizes e Aprendizes PCDs (Pessoa com Deficiência). Foram muitas horas dedicadas a treinamentos e serviços realizados que somam grandes resultados: 580 jovens participantes, sendo 74% residentes de São Gonçalo do Amarante e Caucaia. E, dentre os 500 aprendizes já formados, 260 aprendizes já foram contratados (52%) pela CSP. Cada empregado que acolheu esses aprendizes e os ajudou nessa jornada também é responsável por essa comemoração.
O objetivo do programa é desenvolver profissionais para oportunidades futuras na siderúrgica ou em outras empresas da região. As aulas teóricas e de prática profissional, ao longo de sete meses, impulsionam esses jovens a saírem do ensino médio em direção a uma carreira profissional. O programa conta, desde o começo, com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Ceará (SENAI-CE).
A vida transformada
A vida do Wesley Cunha era bem corrida. Ele mora em Caucaia. Trabalhava de manhã, fazia capacitações do Senac à tarde e tinha aulas do curso técnico em Mecânica Industrial aos finais de semana. Ele estava focado. “Sempre tive muito interesse em trabalhar na CSP. Eu já tinha me cadastrado em algumas vagas. Desde cedo, eu almejei estar em uma grande indústria”, contou. Por esse sonho, ele sempre buscou se profissionalizar.
Wesley lembra bem quando, no final de 2016, a CSP abriu o processo seletivo pra Jovem Aprendiz. “Logo no primeiro dia, já preenchi a minha ficha no site e fiquei aguardando”. O processo seletivo começou e, a cada etapa, ele se sentiu mais próximo de alcançar o que sempre quis.
“A concorrência foi muita alta e foram várias etapas”. Ele avançou e, quando estava próximo do resultado final, recebeu uma ligação. Era de outra empresa com uma proposta de cargo efetivo. Ele avaliou, agradeceu o convite e optou em insistir na conquista da vaga de Jovem Aprendiz da CSP. “Decidi que eu iria correr atrás daquilo que eu já almejava há muito tempo, que era trabalhar na CSP. Pra minha sorte, alguns dias depois, me ligaram informando que eu tinha passado em todas as etapas e, assim, eu comecei a trabalhar na CSP”, disse Wesley.
Percorridos cinco anos dessa caminhada, e hoje com 27 anos, ele alcançou o cargo de Técnico em Programação 2 de Manutenção. Está formado em Administração, e tem pós-graduação em Gerenciamento de Manutenção. “Ser CSP, com certeza, me trouxe muitas melhorias, tanto profissionalmente, quanto pessoalmente. Hoje, eu trabalho em uma empresa onde eu sempre quis trabalhar. Trabalho fazendo o que eu gosto, em um setor onde o ambiente organizacional é muito bom. Eu me sinto praticamente em casa. Pra mim, a CSP, hoje, é uma segunda casa. Todos os dias eu aprendo uma coisa nova. Todo dia é um novo desafio que a gente vai conseguindo superar. Isso contribui muito pro nosso desenvolvimento”, avaliou.
Para quem está chegando e também tem o mesmo sonho que ele teve, a dica é insistir. “Se dedique bastante naquilo que você está proposto a fazer. Sempre busque aprender ao máximo com os mais experientes. Aprenda a ouvir esses profissionais. Outra coisa também é aprender a ter filtro para as coisas negativas. Absorva somente o que for positivo, e que vá contribuir com o seu desenvolvimento pessoal e profissional. E o mais importante: tenha compromisso com a segurança. Pode ter certeza de que, com dedicação, conhecimento e segurança você terá uma oportunidade de trilhar uma carreira brilhante na CSP", assegurou.
O olhar no futuro
A mais recente turma, ingressa em fevereiro, está tendo acesso a conhecimentos e experiências em cinco áreas de produção: Aciaria, Energia, Redução e Metalurgia e Qualidade.
A chance de estar na CSP é uma grande realização para a Ana Caroline da Costa Rio, de 19 anos, que mora em Caucaia. Ela tem o curso técnico em Eletroeletrônica e está terminando o de Logística. “Vou colocar em prática tudo o que eu estudei. Sempre fiz o técnico pensando em entrar na CSP, e hoje estou aqui. É incrível, a gente vê tudo de segurança antes de ir pra área, e a gente vai conhecer todo o processo, desde o recebimento de materiais até o final. É bastante enriquecedor. Todos da minha família ficaram muito felizes, porque é uma oportunidade única, né?”, compartilhou.
Aos 29 anos, o Alan Fernandes Carneiro, que mora em Caucaia, já tinha experimentado trabalhar para a CSP, mas na época da obra. "Eu tive esse prazer de trabalhar na construção da ferrovia e, hoje, estou tendo a honra de voltar como Aprendiz. Essa porta de entrada é muito importante e não são todas as empresas que têm essa oportunidade para pessoas com deficiência (PCD). Vou fazer o máximo para, se Deus quiser, ser efetivado. Vou dar o meu melhor", disse.
Números que orgulham participantes;
58074% dos participantes são de São Gonçalo do Amarante e Caucaia;
500 aprendizes formados;
260 aprendizes contratados - 52% do total pela CSP.
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