sábado, 31 de dezembro de 2011

Comando da PM diz que movimento é inconstitucional e configura crime militar

O comando da segurança pública no Estado do Ceará, nas assinaturas do secretário coronel Francisco Bezerra (Secretário da Segurança Pública e Defesa Social) e coronel Werisleik Matias (Comandante Geral da Polícia Militar), divulgou nota à população cearense sobre o movimento dos policiais militares, que paralisaram atividades nesta sexta-feira (30).
Em nota, os comandantes deixaram claro que a ação ocorrida em território cearense é inconstitucional e caracteriza crime militar. Além disso, o comunicado também explicita que os dois comandantes são os únicos a discutirem problemas das corporações com o Governo do Estado.
Além disso, o aviso também diz que não haverá anistia aos militares que paralisaram as atividades.
Confira a nota na íntegra
À POLÍCIA MILITAR E À SOCIEDADE CEARENSE
1. O movimento que está ocorrendo em unidades da Polícia Militar do Ceará é flagrantemente inconstitucional e caracteriza o cometimento de crime militar e infração militar por homens que prestaram juramento de honra de combater crimes e proteger permanentemente a sociedade cearense.
  
2. Os únicos representantes legais e legítimos dos interesses da Polícia Militar perante o Governo do Estado são o Secretário da Segurança Pública e Defesa Social e o Comandante da Polícia Militar. Somente esses estão autorizados a discutir os problemas das Corporações com o Governo do Estado.
  
3. A única reivindicação formal encaminhada pelo atual Comando da Polícia Militar ao Governo do Estado foi a Lei de Organização Básica – LOB.
  
4. O Governo do Estado é ciente de que outras reivindicações deverão ser encaminhadas pelos representantes legais, dentro de um planejamento responsável.

5. O Governo do Estado avaliará todas as reivindicações à medida em que forem apresentadas pelos representantes legais, com a certeza da importância da atividade militar.
  
6.O movimento ilegal que ocorre é, portanto, extremamente precipitado e fortemente prejudicial à sociedade, que fica à mercê do incremento de crimes, frente à omissão de homens que juraram protegê-la.
  
7. Não haverá, sob qualquer hipótese e condição, anistia àqueles militares que estejam descumprindo os seus deveres e juramentos.
  
8. O Governo do Estado tem a certeza de que a Polícia Militar se manterá na retidão que a caracteriza, convocando os militares estaduais a permanecerem na normalidade institucional.
  
9. O Governo do Estado tem ciência do dever de proteger a sociedade, e está adotando todas as medidas para que a ordem e a tranquilidade públicas sejam mantidas.
Sevilho Paiva – Corregedor-Geral de Disciplina
Francisco Bezerra – Secretário da Segurança Pública e Defesa Social
Cel. Werisleik P. Matias – Comandante Geral da Polícia Militar

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