Juazeiro do Norte Cerca de 300 terreiros de camdomblé e umbanda funcionam neste Município, onde predomina o catolicismo e as romarias de Padre Cícero. Como forma de dar melhor visibilidade às diversas manifestações de fé, cresce na cidade os atos contra a intolerância religiosa. A mais expressiva é a Caminhada de Combate à Intolerância Religiosa, que objetiva sensibilizar a população para a existências de outras formas de viver a fé. À frente do movimento está a organização não governamental Ilê Axé Omindandereci Mutalegi, que conta com a parceria de diversas instituições na promoção do ato público.
Representantes da umbanda e candomblé desfilaram neste semana pela Rua São Pedro, no coração do comércio de Juazeiro do Norte, com os toques dos tambores e vestimentas dos rituais dos terreiros, para chamar a atenção do preconceito ainda existente em relação a essas manifestações na cidade.
O número de adeptos do espiritismo cresce na cidade onde prevalece o catolicismo, que tem como principal símbolo as romarias voltadas para o Padre Cícero Romão Batista.
Na praça Padre Cícero, homens, mulheres e crianças vestidos de branco e outros caracterizados com as vestimentas dos orixás, de frente à estátua do sacerdote, dançaram e pediram paz ao planeta, além de realizarem discursos voltados à democratização religiosa e o direito de culto a todos os cidadãos.
Segundo uma das coordenadoras do movimento, a mãe-de-santo do terreiro Ilê Axé Omindandereci Mutalegi, Maria Isabel Galdino, foram mais de mil pessoas nas ruas da cidade, o que representa uma vitória nesse terceiro ano em que os grupos decidiram sair às ruas. Para ela, é um ato de coragem numa cidade eminentemente católica. Há mais de 30 anos seguindo o candomblé, ela afirma ser feliz com a sua religião, mas que é preciso uma luta maior para o combate à intolerância ainda existente no contexto das manifestações. A coordenadora avalia a participação este ano de integrantes de pelo menos 20 terreiros da cidade. Ela diz que a participação nesses cultos é muito representativa, mas muitas pessoas ainda temem até assumir a religião, por medo de serem discriminadas no local de trabalho e até nas escolas.
Segundo a professora da Universidade Regional do Cariri (Urca), Cláudia Rejane Pinheiro Grangeiro, é uma grande alegria poder ver a Praça Padre Cícero coberta da branco. Ela destaca o processo de resistência dos cultos afro-descendentes no Brasil. A luta, conforme a professora, deve passar por um processo educativo dentro das escolas, para capacitar os professores a saberem lidar em sala de aula com as diferenças étnicas, religiosas, sexual e de gênero.
"É inadmissível as crianças não poderem usar sua guia de santo, sob o risco de serem tachados de macumbeiros", afirma. A professora ressaltou a importância da presença de alguns representantes de outras religiões durante a caminhada.
Mais informações:
ONG Ilê Axé Omindandereci Mutalegi, Rua Capitão Coimbra, 1094, Bairro João CabralJuazeiro do Norte (CE)Telefone: (88) 3571.3947
Representantes da umbanda e candomblé desfilaram neste semana pela Rua São Pedro, no coração do comércio de Juazeiro do Norte, com os toques dos tambores e vestimentas dos rituais dos terreiros, para chamar a atenção do preconceito ainda existente em relação a essas manifestações na cidade.
O número de adeptos do espiritismo cresce na cidade onde prevalece o catolicismo, que tem como principal símbolo as romarias voltadas para o Padre Cícero Romão Batista.
Na praça Padre Cícero, homens, mulheres e crianças vestidos de branco e outros caracterizados com as vestimentas dos orixás, de frente à estátua do sacerdote, dançaram e pediram paz ao planeta, além de realizarem discursos voltados à democratização religiosa e o direito de culto a todos os cidadãos.
Segundo uma das coordenadoras do movimento, a mãe-de-santo do terreiro Ilê Axé Omindandereci Mutalegi, Maria Isabel Galdino, foram mais de mil pessoas nas ruas da cidade, o que representa uma vitória nesse terceiro ano em que os grupos decidiram sair às ruas. Para ela, é um ato de coragem numa cidade eminentemente católica. Há mais de 30 anos seguindo o candomblé, ela afirma ser feliz com a sua religião, mas que é preciso uma luta maior para o combate à intolerância ainda existente no contexto das manifestações. A coordenadora avalia a participação este ano de integrantes de pelo menos 20 terreiros da cidade. Ela diz que a participação nesses cultos é muito representativa, mas muitas pessoas ainda temem até assumir a religião, por medo de serem discriminadas no local de trabalho e até nas escolas.
Segundo a professora da Universidade Regional do Cariri (Urca), Cláudia Rejane Pinheiro Grangeiro, é uma grande alegria poder ver a Praça Padre Cícero coberta da branco. Ela destaca o processo de resistência dos cultos afro-descendentes no Brasil. A luta, conforme a professora, deve passar por um processo educativo dentro das escolas, para capacitar os professores a saberem lidar em sala de aula com as diferenças étnicas, religiosas, sexual e de gênero.
"É inadmissível as crianças não poderem usar sua guia de santo, sob o risco de serem tachados de macumbeiros", afirma. A professora ressaltou a importância da presença de alguns representantes de outras religiões durante a caminhada.
Mais informações:
ONG Ilê Axé Omindandereci Mutalegi, Rua Capitão Coimbra, 1094, Bairro João CabralJuazeiro do Norte (CE)Telefone: (88) 3571.3947
Nenhum comentário:
Postar um comentário