domingo, 4 de março de 2012

PM é o principal suspeito de matar namorada de 16 anos; população revoltada destrói delegacia

O policial militar, Elinardo Mendonça de Queiroz é o principal suspeito da morte de sua namorada, de 16 anos. O crime aconteceu sábado (3) no município Icapuí, a 202 km de Fortaleza. 
O policial está sendo transferido para Fortaleza, neste domingo (04), de acordo com Comando de Policiamento do Interior (CPI). Elinardo vai ficar preso no Comando Policiamento da Capital (CPC), enquanto aguarda a decisão do Conselho de Disciplina.
O PM está há um ano exercendo a profissão.
Crime
De acordo com Comando de Policiamento do Interior (CPI), o PM se apresentou por volta das 15h30 na delegacia de Icapuí declarando que sua namorada, natural de Aracati, havia cometido suicídio. Porém, a versão do PM não foi verificada pela Perícia Forense do Ceará (PEFOCE), que constatou que a adolescente foi morta por asfixia mecânica.
Segundo a CPI, Elinardo foi encaminhado para Unidade de Segurança Integrada de Aracati, Litoral Leste.
População destrói delegacia
O crime gerou revolta na a população local. De acordo com o Comando de Policiamento do Interior (CPI), cerca de 500 pessoas destruiram o prédio da delegacia de Polícia Civil da cidade, onde também funciona a sede do destacamento da PM. 
Segundo a CPI, a população incendiou veículos e motocicletas apreendidas no pátio interno da delegacia, e destruiu o rádio fixo de comunicação da PM. Além disso, roubaram um Fuzil 5.56, com carregador com 30 cartuchos intactos, pertencente ao acervo da PMCE, um receptor de antena parabólica e a carteira de um PM, que continha R$ 800.
Após a destruição da delegacia de PC e destacamento PM, o grupo de pessoas se dirigiu à cadeia pública de Icapuí, onde danificou o portão frontal e quebrou uma parte do telhado, ameaçando incendiá-la.
De acordo com a CPI, no momento em que o grupo tentava destruir a cadeia, os detentos tentaram empreender fuga, fazendo um buraco na parede. A fuga não foi concretizada e o grupo só recuou, após três disparos para o alto, efeutados pelo PM, Sérgio Maia, que fazia a segurança interna da cadeia.

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