Avião choca-se com a Torre 2 do World Trade Center |
Há
exatos 11 anos um atentado terrorista deu uma guinada no mundo e nos
deixou perplexos ante a ferocidade e vileza humana. Contudo, por trás
desta atrocidade há histórias de coragem e fé. Uma delas foi reproduzida
pela Revista Impacto de novembro de 2001. Leia abaixo:
Testemunho de um
Sobrevivente do 81º andar do World Trade Center
Terça, 11 de
setembro de 2001, começou como qualquer outro dia para o diácono e
superintendente da Escola Dominical da Assembleia de Deus Betel, Stanley
Praimnath, de Elmont, Long Island, Nova York.
“Por algum motivo,
dediquei a Deus um pouco mais de mim mesmo naquela manhã (durante a oração)”,
disse Stanley. “Eu disse: ‘Senhor, cobre-me e a todos os meus amados com o teu
sangue precioso.’ E mesmo confiando na eficácia dessa oração, eu a repeti
várias vezes ao Senhor.”
Quando Stanley
chegou à Torre 2 do World Trade Center, ele tomou o elevador para chegar ao seu
escritório no Banco Fuji no 81º andar. A empresa ocupava os andares de 79 a 82.
“Enquanto estava
ali em pé ouvindo as mensagens gravadas da secretária eletrônica, olhei para o
outro prédio, a Torre 1 do World Trade Center, e vi fogo caindo do topo do
prédio”, afirmou Stanley. Ao ver “bolas de fogo” caindo, sua primeira reação
foi ligar para seu chefe que trabalhava naquele outro prédio. Como o telefone
não atendia, resolveu chamar a outra funcionária, Delise, que estava no
escritório, e descer.
Delise e Stanley
pegaram o elevador e desceram até o 78º andar. Alguns outros executivos da
empresa entraram também.
“Assim que chegamos
ao térreo, o guarda de segurança parou-nos e perguntou: ‘Para onde vão?’”
Stanley explicou que tinha visto fogo na torre 1. De acordo com Stanley, o
guarda disse: “Oh, isso foi só um acidente. A Torre 2 é segura. Voltem
para seus escritórios.”
Este conselho
acabou sendo fatal. Além de Stanley, Delise foi a única do grupo que
sobreviveu. “Começamos a brincar, e eu disse a Brian Thompson (Diretor de
Recursos Humanos): ‘É uma boa hora para pensar em mudar de prédio – aqui não é
mais seguro.’”
Stanley dirigiu-se
para seu escritório, mas liberou a Delise para voltar para casa e descansar.
Quando Stanley chegou ao escritório o telefone estava tocando. “Era alguém de
Chicago querendo saber se eu estava vendo as notícias na TV.” Stanley disse à
pessoa: “Está tudo bem.”
Mas nem tudo estava
bem – longe disso. Enquanto Stanley ainda falava, ele olhou para fora e viu o
avião do vôo 175 da United Air Lines vindo bem na sua direção. “Tudo o que pude
ver era um grande avião cinzento, com letras vermelhas nas asas, vindo em minha
direção”, disse Stanley.
“Mas, tudo isso
parecia estar acontecendo em câmara lenta. O avião parecia estar a 100 metros
de distância. Eu disse: ‘Senhor, toma o controle, não posso fazer nada aqui.’”
Stanley então
mergulhou em baixo de sua mesa. “Minha Bíblia estava em cima desta mesa”,
explicou Stanley. “Eu sabia, sem sombra de dúvida, que o Senhor tomaria conta
de mim.” Assim que ele se colocou em posição fetal embaixo da mesa, o avião
entrou rasgando o prédio e explodiu.
Milagrosamente,
Stanley não estava ferido. No entanto, ele podia ver uma asa do avião em chamas
na porta do seu departamento. Sabia que precisava sair do seu escritório, e do
prédio, o mais rápido possível. Mas estava preso embaixo de escombros até a
altura de seus ombros.
“Senhor, toma
conta. Este problema é seu agora”, ele lembra de ter orado. “Não sei de onde
veio esta força, mas o bom Deus me deu um poder físico tão grande que consegui
me livrar de tudo que me prendia. Eu me senti o homem mais forte da terra.”
Ao mesmo tempo que
isso estava acontecendo, Stanley pedia ao Senhor para preservar sua vida. “Eu
estava chorando e orando: ‘Senhor, tenho coisas para fazer. Quero ver minha
família. Senhor, ajuda-me a passar por tudo!”
O escritório de
Stanley parecia uma zona de batalha – paredes caídas, equipamentos destruídos e
espalhados violentamente e chamas começando no meio dos entulhos por toda
parte.
Machucado,
sangrando, e fracassando em todas as tentativas de sair, ele finalmente viu a
luz de lanterna de um outro sobrevivente do outro lado da parede. Quase
sufocando por causa dos gases e combustíveis queimando, ele caiu de joelhos e
disse: “Senhor, ajuda-me! Trouxeste-me até aqui, agora ajuda-me a chegar às
escadas.”
Então Stanley fez
algo surpreendente. Enquanto orava de joelhos, gritou ao homem que estava atrás
da parede: “Há uma coisa que eu gostaria de saber, você conhece a Jesus?” O
homem respondeu que ia à igreja todos os domingos. Então eles oraram juntos
para conseguirem quebrar a parede.
“Eu me levantei e
senti um poder vir sobre mim”, diz Stanley. Momentos depois ele conseguiu abrir
um buraco na parede e com a ajuda do outro homem conseguiu passar para o outro
lado da parede. “O homem me abraçou, me deu um beijo e disse: ‘De hoje em
diante você é meu irmão para toda a vida.”
Mas o perigo não
tinha acabado. O homem do outro lado da parede, que se apresentou como Brian,
era um homem de idade e eles ainda tinham 81 andares para descer, com o prédio
em chamas e, embora não o soubessem, prestes a desabar. Desceram com
dificuldades para andar, parando em cada andar, mas finalmente chegaram.
Stanley e Brian
teriam corrido imediatamente do prédio, mas agora a área estava cercada por
fogo. Depois de se encharcarem nos jatos de água dos sistemas antiincêndio do
prédio, eles se deram as mãos e correram através das chamas para a segurança da
Igreja da Trindade, a duas quadras de distância. “Eu queria entrar na igreja
para agradecer a Deus”, Stanley explicou, “mas, logo que nós chegamos ao portão
da igreja, o prédio (World Trade Center Torre 2) desabou.”
Stanley e Brian
afastaram-se da área de perigo. Antes de se separarem, Stanley deu a Brian seu
cartão na esperança de se reencontrarem depois e disse-lhe: “Se eu não o vir
mais, nos veremos no céu.” Machucado e sangrando, com as roupas esfarrapadas e
uma camiseta emprestada, Stanley finalmente chegou em casa horas depois.
“Abracei minha esposa e minhas duas filhas e nós choramos”, disse Stanley.
Depois de agradecer a Deus por preservar sua vida, Stanley disse a Deus que
tudo o que fizer, fará para a sua glória. “Eu fiquei traumatizado, mas em cada
momento de consciência digo: ‘Senhor, se não estivesses no controle, eu não
teria escapado.”
“Por alguma razão
divina, eu sei, sem sombra de dúvida, que o bom Deus inclinou o avião uma
fração de onde estava”, disse Stanley. “Porque, quando o avião parou, estava a
apenas 6 metros de mim. Não me importo com possíveis explicações, ou o que
dirão daqui a alguns anos – eu sei que foi a mão de Deus que inclinou o avião.
Meu Senhor Jesus é maior que o World Trade Center e seu dedo pode perfeitamente
empurrar um avião!”
Placa com nome de vítimas no memorial erguido no Marco Zero, NY | http://www.gracaesaber.com/ |
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