Trabalhadores da Coreia do Sul são contratados pela Siderúrgica no Pecém em São Gonçalo do Amarante adapta comércio para atender novos clientes
02/05/2013 - A vila de Cumbuco, no litoral de Caucaia, foi ‘invadida’ por coreanos nos últimos meses. Eles entendem e falam muito pouco em português e viajaram à cidade à procura de emprego na construção da siderúrgica do Pecém. A presença de cerca de 300 coreanos fez com que a população adotasse a cultura do pais asiático, além de ter a economia local impulsionada pelos novos clientes.
Eles são contratados pelas empresas coreanas responsáveis pela obra no Pecém, que detêm metade das ações da Siderúrgica, ao lado da Companhia Vale, e estão no Brasil com vistos provisórios de trabalho.
A corretora de imóveis Adriana Ary diz que metade dos clientes que tem atualmente são sul-coreanos. “Eles preferem apartamento de um quarto porque a empresa coloca em cada quarto um engenheiro”, explica.
Para atrair os clientes asiáticos, o comércio local já usa placas no alfabeto coreano. Os guias turísticos tentam compreender a língua, mas garantem que não é fácil. “É complicado, ninguém entende nada, só eles mesmo”, diz o guia Francisco André. Já a garçonete Lucilene Andrade tenta acertar o tempero preferido dos novos clientes: “eles gostam muito de pimenta, é impressionante como eles comem. Cada um tem sua loucura, a nossa é bem simples, a deles é pesada”, diz.
Outros coreanos viajaram São Gonçalo do Amarante para fundar comércio com base na cultura do país, como é caso de Sônia e Jung Ho Chang. Ela prepara um prato típico da Coreia do Sul, uma sopa gelada que leva cebolinha e alho. O casal dono do restaurante morava em São Paulo e vieram ao Ceará junto com o filho, que trabalha na Siderúrgica do Pecém. “Aqui é mais tranquilo, mais sossegado”, diz Jung Ho Chang.
G1|CE
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