Brasília. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou ontem que realizará, até fevereiro de 2014, licitações que somam R$ 21 bilhões para a construção de novas estradas e manutenção das atuais, Ao todo, 32 intervenções serão feitas, das quais quatro são no Ceará. Entre elas, está a criação do acesso rodoviário ao Porto do Pecém - com 24 quilômetros de extensão -, cujo edital de licitação está previsto para ser publicado neste mês.
Por sua vez, o segundo lote da duplicação da BR 116, entre Fortaleza e Pacajus, contemplando 41,8 quilômetros, está previsto para ser licitado em novembro deste ano. No mês seguinte, haverá a publicação do edital para o primeiro lote, que corresponde a 12 quilômetros. Para o primeiro trimestre de 2014, está prevista a licitação do projeto de adequação da BR 116 em Pacajus, com 58,4 quilômetros.
Preocupação com gastos
A apresentação das ações do Dnit para este ano e o próximo foi feita a empresários do setor de construção, que está preocupado com os baixos gastos no setor de obras rodoviárias do governo desde 2011.
Presente ao evento, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, prometeu um recorde de execução de gastos em 2013. De acordo com o Dnit, serão licitados projetos no valor total de R$ 19,4 bilhões para a construção, ao longo dos próximos anos, de 70 novas estradas ou duplicações de trechos já existentes, totalizando 3,8 mil quilômetros.
Um dos destaques é a BR-163/MT, conhecida como a rodovia da soja. Ela é considerada a rodovia mais importante para a produção agrícola da região Centro-Oeste, por possibilitar o escoamento dos produtos pela região Norte do País.
Outras obras de destaque são o Arco Metropolitano de Recife (PE), que terá 77 quilômetros e será licitado em novembro, a Ponte do Rio Guaíba (RS) na BR-290, com previsão para setembro, e a complementação do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, prevista para este mês
Os estados que mais terão novas estradas são Bahia (9), Pará (8) e Rio Grande do Sul (7). O órgão também pretende licitar a conservação e manutenção de 5,7 mil quilômetros de estradas, num total de R$ 2,1 bilhões.
A meta do Dnit é cumprir uma determinação do novo ministro dos Transportes, Cesar Borges, para que até o fim do ano nenhum dos 55 mil quilômetros de estrada federais pavimentadas esteja sem contrato de manutenção. Até abril de 2012, 17% das estradas federais estavam sem qualquer contrato de conservação. O número hoje é de 11%.
dn
Nenhum comentário:
Postar um comentário