Fortaleza tem menos de 10 óbitos ao dia por Covid-19 há duas semanas consecutivas

 A cidade de Fortaleza está registrando, há duas semanas consecutivas, menos de 10 óbitos por dia em decorrência da Covid-19. Os dados constam no boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), divulgado nesta sexta-feira (7). 

Conforme o boletim, no pico da pandemia, a cidade registrava, por dia, pelo menos 80 falecimentos provocados pela infecção. O documento anota que a redução nos casos fatais representa um arrefecimento da doença na Capital e confirma "o atual padrão de transmissão residual". 

De acordo com o IntegraSUS, plataforma digital gerenciada pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), ao todo, Fortaleza já soma 43.423 casos confirmados da enfermidade, dos quais 3.733 vieram à óbito. No Ceará, já são 184.761 confirmações e 7.946 mortes.

Média móvel

Segundo o boletim, a média móvel de novos óbitos no município é a menor da série histórica, que começa no fim de março deste ano, quando foi registrado oficialmente o primeiro falecimento pela doença. A média móvel é uma forma de ter uma visão mais real da evolução da doença, considerando a soma de todos os dias da semana e dividindo o número obtido por sete (equivalente aos dias).

Assim, a média móvel atual de novos óbitos em Fortaleza é de 2,0 mortes por dia. No fim de março, quando se tem os primeiros registros de falecimentos, esse número era de 2,1. No auge da pandemia, nos 20 primeiros dias de maio, eram 91,6 óbitos por dia registrados em toda a cidade. 

No documento, a Secretaria anota que a partir da última semana de maio, a média móvel de óbitos passa a cair tão rapidamente quanto subiu para o pico. Para se ter uma noção, a redução nessa variável entre o pico (91,6 mortes por dia) e hoje (2,0 a cada dia) é de 98%.

Casos confirmados

A Capital também apresentou redução na média móvel de novos casos confirmados da Covid-19. Nos dias atuais, o número está em 8,9 casos por dia; no início da transmissão em Fortaleza, em março, a média era de 14,6. Já no auge da transmissão do vírus, durante o pico - que ocorreu entre o fim de abril e o meio de maio - esse número atingiu 867,4 casos ao dia. De lá para cá, a redução é de 99%.

Segundo a SMS, "a transmissão pode ser considerada residual e sujeita a pequenas oscilações". Apesar disto, a Pasta afirma que ampliar a testagem molecular (realizada pelo exame de RT-PCR - o mais confiável dos testes) "é essencial nessa fase para o monitoramento oportuno de eventuais surtos localizados ou inversão da tendência epidemiológica". 

dn