sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Suspeitos de matar motorista de aplicativo são presos na Grande Fortaleza

 


Polícia Civil prendeu, na madrugada desta sexta-feira (14), cinco suspeitos de matar o motorista de aplicativo, Alexandre Fernandes. O anúncio foi feito pelo secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, em sua página no Instagram. 

Segundo Costa, os homens são suspeitos de latrocínio.

De acordo com o secretário, equipes da Polícia Civil também apreenderam dois carros, um bloqueador de sinal GPS e uma arma de fogo. André Costa afirmou ainda que houve suspeitos enquanto realizavam um assalto contra outro motorista de aplicativo.

O motorista de aplicativo Alexandre Fernandes, de 32 anos, que estava desaparecido desde segunda-feira (10), foi encontrado morto na noite desta quarta-feira (12) às margens da BR-116, entre Itaitinga e Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. 

O corpo de Alexandre foi encontrado por uma senhora em um matagal. Logo em seguida, ela acionou a polícia. O Corpo de Bombeiros foi chamado para auxiliar na remoção do corpo. O cunhado de Fernandes esteve no local do achado para o reconhecimento do corpo.

Manifestação da categoria

Motoristas de aplicativo organizaram um protesto na tarde desta quinta-feira (13) para reivindicar por mais segurança no serviço de transporte de passageiros. Em carreata, eles saíram das proximidades da Arena Castelão, em Fortaleza, por volta das 15h, com destino ao Palácio da Abolição, no bairro Meireles.

Somente este ano, em Fortaleza e na Região Metropolitana, 11 motoristas de aplicativo foram mortos enquanto trabalhavam, segundo a Associação de Motoristas de Aplicativo (Amap).

Reunião de representates de transporte por app com delegada

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), uma comissão com sete representantes de motoristas de transporte de passageiros por aplicativos foi recebida pela coordenadora de Planejamento Operacional da SSPDS, delegada Adriana Arruda, na noite desta quinta-feira (13).

Ainda na nota, a Pasta também informou que os profissionais de segurança já haviam intensificado as abordagens aos veículos que são identificados como oriundos de aplicativo e que estejam transportando pessoas. "A pasta ressalta que a medida funciona como uma ação preventiva para que os profissionais sigam seus trajetos de forma segura."

Em nota, a 99 informou que lamenta a morte do motorista de aplicativo Alexandre Fernandes "e esclarece que o condutor não estava em corrida pelo aplicativo no momento da ocorrência". 

A Uber, empresa que Alexandre também possuía cadastro, lamentou a morte do motorista. "Compartilhamos nossos sentimentos de mais profundo pesar com a família do Alexandre neste momento de dor."

A Uber também informou que Alexandre atuava como motorista parceiro, mas ao que tudo indica pelas informações obtidas, não estava usando a plataforma no momento do crime. "De qualquer forma, a Uber permanece à disposição dos órgãos de segurança para colaborar com as investigações, na forma da lei, e esperamos que as autoridades tragam os responsáveis à justiça o mais rápido possível."

A InDriver, onde Alexandre também possuía cadastro, lamentou a morte do colaborador e informou que a filosofia de serviço da empresa coloca a segurança de todos os usuários em primeiro lugar, tanto passageiros quanto motoristas. "Na inDriver, condenamos qualquer tipo de violência. Reiteramos ainda nosso compromisso de colaborar com as autoridades, e dar suporte à família. O inDriver busca cotidianamente os melhores e mais modernos formatos de segurança para seus usuários, sejam motoristas ou passageiros".

Roupa do corpo roubada em assalto

O motorista Erick Milton, que também esteve na carreata, relatou durante entrevista que já foi vítima de violência enquanto trabalhava. Ele conta que em uma das vezes chegaram a roubar até mesmo a roupa que ele vestia.

"Eu peguei uma passageira lá na Praia de Iracema para levar para o (bairro) Pici, onde era o final da corrida, e antes de chegar no local, a própria passageira estava com uma criança de colo e armada. Ela colocou a arma na minha cabeça e na hora que ela pediu pra eu parar o carro, chegaram dois caras. Eles levaram todos os meus pertences, inclusive a roupa do corpo, sapato, boné, até brinquedo dos meus filhos que tinha dentro do carro eles levaram", conta.

dn

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